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Bancários cobram garantias durante reestruturação

Linha fina
Em reunião na terça-feira 10, trabalhadores do Banco do Brasil reivindicaram realocação sem perda salarial e cobraram posição do banco quanto à CCV de 7ª e 8ª horas
Imagem Destaque
Redação Spbancarios, com informações da Contraf-CUT
11/1/2017


São Paulo – Em reunião na terça-feira 10, a Comissão de Empresa do Banco do Brasil cobrou da direção do banco garantias aos funcionários de agências que serão fechadas e aos que terão cargos cortados por conta da reestruturação em andamento na instituição. Foram apontados diversos problemas decorrentes do processo como, por exemplo, a dificuldade de realocação dos gerentes de relacionamento para a lateralidade e casos onde a única opção de realocação acarreta em perda salarial.

Foi cobrado dos representantes do banco respostas sobre a VCP Permanente (Verba de Caráter Pessoal), uma saída para proteger funcionários que perderão cargos. O BB informou não ter ainda posição sobre este ponto, assim como no caso da VCP dos caixas que perderão comissão.

Foram realizadas 4.563 nomeações desde a abertura do TAO Especial e dos grupos de funções GF7 e GF8 para ascensão. O BB informou que na quinta-feira 12 será aberto um TAO (Sistema de Recrutamento) para ascensão profissional dos demais grupos de função. O banco garantiu que toda nomeação, ou sequência de nomeações em escada, terá de repor um excesso ao final.

“Esperamos que isto acelere o processo de nomeações e que o banco já dê a resposta quanto ao VCP permanente, considerando que alguns grupos têm muito mais excessos que vagas disponíveis. Nosso papel é buscar a proteção dos funcionários na via negocial e também por outros meios disponíveis, inclusive jurídicos”, diz o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Wagner Nascimento.

CCV e outras reivindicações – Outra questão levantada foi a CCV (Comissão de Conciliação Voluntária) de 7ª e 8ª horas. “O Sindicato cobrou posição quanto a CCV de 7ª e 8ª horas, cargos da Ditec [Diretoria de Tecnologia], e a melhora do percentual de indenização pago aos bancários que aderirem à CCV. Esperamos uma reposta rápida para que possamos discutir a renovação do acordo”, destaca o diretor do Sindicato e funcionário do BB João Fukunaga.  

A representação dos trabalhadores também cobrou que o banco forneça informações aos funcionários, alocados em agências que serão fechadas, sobre as unidades para as quais serão realocados. No caso de nomeações com descenso ou lateralidade na gerência media, foi enfatizada a necessidade de ser observada a condição de módulo avançado do cargo anterior para o mesmo módulo avançado no cargo atual, minimizando perdas salarias no descenso e mantendo a remuneração na lateralidade.

Foi solicitado ainda levantamento do nível de endividamento dos funcionários, uma vez que descomissionamentos decorrentes da reestruturação impactarão na renda dos bancários.

Foi abordada ainda a antecipação da liberação das remoções para escriturários, facilitando a realocação daqueles que se tornaram excedentes por conta do fechamento de agências ou absorção de mais funcionários na sua unidade. O BB informou que vai analisar a situação, evitando que remoções não criem excedente dobrado em determinados locais de trabalho.  

Segundo Wagner Nascimento, o mapa de vagas apresentado pelo BB mostra a necessidade de criar garantias para funcionários que perderão cargos. “Implantar o VCP permanente como forma de proteção salarial é de fato se preocupar com as pessoas e defenderemos essa posição colocada em mesa de negociação junto ao Ministério Público na audiência do dia 7 de fevereiro”.
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