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Protestos marcarão feriado em Osasco

Linha fina
Sindicato promoverá manifestações em agências para denunciar à população desrespeito dos bancos à história do município
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São Paulo – Enquanto milhares de pessoas vão passar um dia agradável com seus familiares, uma parcela da população terá de trabalhar em pleno feriado de emancipação da cidade de Osasco, na sexta-feira 19.  Entre eles, os bancários de agências de todos os bancos e da matriz do Bradesco, a Cidade de Deus.

Para marcar a insatisfação da categoria e denunciar o desrespeito das instituições financeiras com a história da cidade, o Sindicato realizará diversas manifestações.

“Não tem cabimento os bancários terem de trabalhar nesse dia. Boa parte do comércio estará fechado. Isso esvazia muito o município, principalmente a região central, e pode aumentar a insegurança”, destaca o diretor do Sindicato Alexandre Bertazzo. “Outro transtorno é que muitas pessoas têm dificuldade para deixar os filhos, pois as creches, as escolas e a Fundação Bradesco também não funcionam.”

Entenda o caso – Essa situação absurda teve início em 2009, com uma decisão judicial concedida por solicitação do Bradesco. Segundo o acórdão do Tribunal de Justiça, Osasco teria excedido o número de feriados municipais. As demais instituições aproveitaram a situação e, por meio da federação dos bancos (Febraban), também acionaram a Justiça e abrem no feriado.

Desde aquele ano, o Sindicato já ingressou com 24 ações judiciais solicitando hora extra com pagamento adicional de 100% pelo feriado trabalhado. A Justiça julgou a maior parte das ações em favor dos trabalhadores, entretanto, elas ainda aguardam julgamento de recursos no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os bancos processados são: Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Safra, Caixa Federal e HSBC.

Um desses processos já teve desfecho favorável para os bancários. Em ação judicial coletiva, o Sindicato conseguiu que 28 funcionários do HSBC tivessem direito a hora extra com incidência de 100%. O processo está em fase final de execução para que os trabalhadores possam receber.

“O Sindicato vai continuar na luta pelos direitos dos bancários, mesmo que para isso tenha de mover novas ações judiciais”, acrescenta Alexandre Bertazzo.


Jair Rosa – 17/2/2016
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