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Não foi desta vez...

PTB desiste da nomeação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho

Linha fina
Imbróglio jurídico em torno da escolha da deputada federal para primeiro escalão de Temer já dura um mês e meio; partido deve escolher outro nome ainda esta semana
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Foto: Gilmar Felix / Câmara dos Deputados

São Paulo – O PTB desistiu de bancar o nome da deputada federal Cristiane Brasil (RJ), após todo o imbróglio jurídico em torno de sua nomeação, para ocupar o cargo de ministra do Trabalho. A informação é da agência de notícias Reuters.

A desistência, segundo informou à Reuters a assessoria do partido, deve-se ao fato de que não há perspectivas de que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o recurso que pretendia garantir a posse da filha e herdeira política do delator Roberto Jefferson. O PTB deve escolher ainda esta semana um outro nome para a pasta, cujo comando está vago há um mês e meio.

No dia 14 de fevereiro, a presidenta do STF, ministra Cármen Lúcia, confirmara sua decisão anterior que suspendeu a posse da deputada no Ministério do Trabalho. Entretanto, entendeu que a questão sobre o afastamento deve ser decidida pelo plenário do STF. A data do julgamento ainda não foi marcada. Carmen Lúcia confirmou a competência do Supremo para julgar o caso por considerar que a matéria discutida é constitucional.

A nomeação de Cristiane Brasil foi anunciada pelo presidente ilegítimo Michel Temer em 3 de janeiro, mas a deputada foi impedida de tomar posse por força de uma decisão liminar do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, proferida em 8 de janeiro.

O magistrado acolheu os argumentos de três advogados que, em ação popular, questionaram se a deputada estaria moralmente apta a assumir o cargo após ter sido revelado pela imprensa que ela foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar mais de R$ 60 mil a um ex-motorista, em decorrência de irregularidades trabalhistas.

Em seguida, a posse também foi suspensa por decisões da segunda instância da Justiça Federal no Rio de Janeiro e pela ministra Cármen Lúcia.

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