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Chapéu
DEFESA DA APOSENTADORIA

Veja na RBA como foi o dia de protestos em SP contra a reforma da Previdência

Linha fina
Guarulhos, Santo André e Sorocaba, em São Paulo, registraram paralisação dos trabalhadores de transportes nessa manhã. Metalúrgicos e petroleiros também protestam
Imagem Destaque
Fotos: Roberto Parizotti/CUT e CUT-SP

São Paulo – Trabalhadores de diferentes categorias, entre elas a dos bancários, e de diversos pontos do país realizam atividades e cruzam os braços desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira 19, dia nacional de mobilizações contra a reforma da Previdência. Uma série de atos e manifestações estão programadas pelos movimentos sociais e sindical para mostrar ao governo Temer e ao Congresso Nacional que os trabalhadores querem a retirada definitiva da proposta que altera as regras para as aposentadorias sob alegação de déficit da Previdência. Em São Paulo, haverá ato na Avenida Paulista, com concentração a partir das 16h, no vão livre do Masp. Veja mais fotos e vídeos  na Rede Brasil Atual e também no Minuto a Minuto, da CUT.

Em Guarulhos, segunda maior cidade de São Paulo, motoristas de ônibus das linhas municipais e intermunicipais decidiram paralisar as atividades. O movimento abrange diversas empresas.

Motoristas de Santo André e Diadema, no ABC Paulista, também estão parados e realizam bloqueios em diversos terminais. Em Diadema, os trabalhadores também bloqueiam as pistas de trólebus e outras vias da cidade. 

Em Osasco, na grande São Paulo, trabalhadores realizam manifestação na estação de trem, com panfletagem para alertar a população sobre os riscos do projeto do governo que dificulta o acesso às aposentadorias. Sorocaba, no interior de São Paulo, também registra paralisação nos transportes. 

Trabalhadores sem teto e integrantes de associação de moradores da região de Heliópolis e Ipiranga realizaram também um “trancaço” que paralisou por cerca de 20 minutos a circulação de veículos na Rodovia Anchieta, na altura das Juntas Provisórias.

Coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim diz que as centrais e movimentos sociais decidiram manter as mobilizações nesta segunda, após Temer afirmar que pode suspender a Intervenção Federal no Rio de Janeiro se o governo tiver votos para aprovar a reforma. "Nós não acreditamos nesse engodo de que o governo ainda não tem os votos necessários. A qualquer momento podem atingir os votos necessários com malas de dinheiro. Queremos que o governo retire em definitivo o projeto da reforma. Não é suspender. É retirar da pauta", disse Bonfim, em entrevista à Rádio Brasil Atual. 

Zelidio Barbosa Lima, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), participou de concentração na manhã de hoje em Guarulhos, com objetivo de fazer assembleia na Base Aérea. Antes, o movimento promoveu "trancaço" na Via Dutra. "O trânsito parou na Dutra. A reforma da Previdência é retirada de direitos dos trabalhadores, não podemos aceitar que ela passe. Nossa resposta é travar viadutos, avenidas, colocar o povo na rua e mostrar nossa indignação", afirmou.

Metalúrgicos – Em São Bernardo do Campo, a paralisação contra a reforma da Previdência atinge as montadoras Mercedes-Benz, Volkswagen, Ford, Toyota, Scania e dezenas de outras empresas. Nas primeiras horas do dia, ônibus chegavam vazios, como relata o presidente do sindicato da categoria, Wagner Santana.

Em São Carlos, os metalúrgicos da Volkswagen atrasaram a entrada para marcar a insatisfação contra a proposta. Na cidade, há uma marcha no centro com panfletagem contra a reforma.

Bancários – Em São Paulo, Osasco e nas cidades da região, muitas agências de bancos devem permanecer fechadas. A paralisação foi definida em assembleias nos locais de trabalho nos dias 8, 9, 14 e 15 de fevereiro. 

 

 

A presidenta do sindicato da categoria em São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, alertou ainda que a "reforma" trabalhista posta em vigor no final do passado, somada à tentativa de mudar as regras previdenciárias praticamente inviabilizam o direito dos trabalhadores à aposentadoria. Ouça:

 

 

Petroleiros – Os petroleiros também fecharam os portões da Refinaria de Paulínia (Replan) contra as mudanças nas aposentadorias. Com faixas com palavras de ordem contra os deputados que votarem a favor da proposta, os petroleiros também protestam em frente à refinaria da Petrobras em Capuava (Recap). 

Demais categorias – Eletricitários também estão paralisados nas cidades de Campinas, Itapira, Adamantina e Regente Feijó,  no interior do estado. Mais cedo, trabalhadores de Bauru fizeram caminhada percorrendo o centro da cidade e agora se concentram em ato em frente ao INSS. Já em São José dos Campos, servidores municipais marcham pelo centro contra a reforma.

Em Suzano, metalúrgicos, servidores públicos municipais, professores e trabalhadores da construção civil fazem uma concentração na Praça do Expedicionários, no centro, para realizar uma caminhada panfletagem na cidade.

Pelo Brasil – A Refinaria Abreu e Lima, em Suape, no estado de Pernambuco, também amanheceu com as suas atividades paralisadas, devido a protestos dos trabalhadores contra a reforma. Na capital, Recife, bancários e trabalhadores da Receita Federal também pararam as atividades nas agências. Cidades do interior, como Caruaru e Petrolina, também mantiveram postos da Receita fechados. As informações foram atualizadas pela Rede Brasil Atual.

No interior do Piauí, trabalhadores rurais e das cidades bloquearam a BR 316, próximo ao acesso ao município de Picos. Eles devem seguir, em manifestação, até a sede do INSS, na cidade. Na Bahia, a BR 093, conhecida como Via do Cobre, também registrou bloqueio ainda durante a madrugada.

Em Brasília, auditores fiscais da Receita, que negam a existência de déficit nas contas da Previdência, receberam os parlamentares com protestos no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. 

Em Belo Horizonte, trabalhadores da saúde paralisaram as atividade e realizaram assembleia realizada na Cidade Administrativa, sede do governo mineiro. 

No sul do país, professores estaduais e manifestantes dialogam com a população de Curitiba, com panfletagem no terminal Guadalupe, no centro da capital, para alertar a população sobre os impactos das mudanças nas aposentadorias. 

Em Porto Alegre, integrantes das centrais e movimentos sociais fizeram  caminhada até o Aeroporto Salgado Filho, e realizam panfletagem no saguão do terminal para alertar a população sobre os impactos da reforma. 

Petroleiros da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR), junto com os petroquímicos e terceirizados, paralisaram as atividades por uma hora e meia nesta manhã contra a reforma da Previdência. 

Em Chapecó (SC), trabalhadores também protestam em uma das agências do INSS. Com faixas, eles denunciam os bilhões devidos por grandes empresas aos cofres da Previdência. 

 

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