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Chapéu
Informalidade

Em 2018, com Temer, trabalhadoras domésticas enfrentaram pior ano

Linha fina
IBGE mostra aumento no número de trabalhadoras, mas menor índice de carteiras assinadas. "É mais uma estática que mostra o desastre da política econômica de Temer, que será aprofundada", avalia Dieese
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Foto: ARQUIVO EBC

O total de trabalhadoras domésticas bateu recorde, em 2018, ao mesmo tempo em que foi registrado o menor número de carteiras assinadas desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. De acordo com a Pnad, do total de 6,2 milhões de trabalhadores no setor, menos de um terço (29,2%) tinham registro.

A partir da chamada PEC das Domésticas que garantiu direitos à categoria, em 2013, o registro de trabalhadoras formais havia passado de 1,5 milhão de trabalhadoras para 2 milhões em 2016. Um aumento lento, segundo a coordenadora de pesquisas do Dieese, Patrícia Pelatieri, mas que representava um avanço, agora interrompido.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Patrícia atribuiu a situação como consequência das políticas de austeridade que vem sendo adotadas desde o golpe de 2016, que depôs a ex-presidenta Dilma Rousseff. "É mais uma estatística que mostra o desastre da política econômica adotada pelo governo Temer, e que o novo ministro da Economia pretende aprofundar", afirma a coordenadora à jornalista Marilu Cabañas.

A Pnad Contínua revela ainda queda na remuneração dessas profissionais, que saíram de uma média de R$ 887, no último trimestre de 2017, para R$ 879 por mês em igual período de 2018. "O que vemos é um retrato de um país que escolhe andar para trás e penaliza os segmentos mais vulneráveis da população", lamenta a técnica do Dieese.

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