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Chapéu
Precarização

Sem pagamento, terceirizados do BB ficam apreensivos

Linha fina
Trabalhadores estão desde o dia 30 sem o crédito do vale-transporte e do vale-refeição; Sindicato critica os efeitos nefastos da terceirização
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Foto: Freepik

Trabalhadores da empresa de terceirização L. Sul Locadora de Serviços que prestam serviços em vários complexos e agências maiores do Banco do Brasil estão desde o dia 30 de janeiro sem o crédito do vale-transporte e do vale-refeição/alimentação. Como consequência, estão tendo que pagar sua alimentação e deslocamento do próprio bolso para trabalhar.

A situação vem causando apreensão, também, quanto à possibilidade de não receberem o pagamento do salário no quinto dia útil deste mês – ou seja, nesta quinta-feira 7. Segundo os trabalhadores entrevistados pelos dirigentes sindicais e apoiadores do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, o contrato da empresa com o Banco do Brasil está em fase de rescisão. Por isso, ainda há dúvidas sobre a a manutenção dos empregos no caso da substituição da empresa.

“Os trabalhadores da limpeza, recepção, copa e outros serviços são representados por outra entidade sindical. Sempre defendemos que quem trabalha em banco é bancário, mas o marco legal cada vez mais navega em sentido contrário, e os salários e contratos não têm interferência do Sindicato dos Bancários. O movimento sindical como um todo não conseguiu evitar que a terceirização se ampliasse, tendo vitórias pontuais ao forçar os bancos a internalizar algumas áreas. Entretanto, no plano geral a realidade é ruim para o trabalhador de empresa terceirizada”, explicou o diretor do Sindicato Ernesto Izumi, que é bancário do BB. “Isso é um reflexo perverso da reforma trabalhista de Temer e do Congresso, que, com exceção dos políticos alinhados à esquerda e centro-esquerda, só piorou a situação dos trabalhadores, permitindo a terceirização da atividade fim. Oferecemos solidariedade aos trabalhadores e repudiamos a terceirização”, completou.

Ernesto conta, ainda, que o Sindicato buscou informações junto ao BB e ao Sindicato dos Bancários de Curitiba, onde fica a sede da empresa. No entanto, ainda não houve confirmação sobre a substituição da empresa.

Fique de olho

Ernesto Izumi alerta, também, que os trabalhadores que se encontrem nesta situação fiquem atentos ao depósito do FGTS e recolhimento do INSS. O Banco do Brasil mensalmente exige a comprovação dos pagamentos, mas é importante todos os trabalhadores verificarem mensalmente se o depósito e o recolhimento estão sendo feitos pelo empregador, o que pode ser feito até mesmo pela Internet.

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