São Paulo – Os problemas dos empregados lotados nas unidades gerenciadas pelas superintendências da Sé e Santo Amaro foram debatidos em reuniões do Sindicato e da Apcef-SP com os respectivos gestores. A direção foi questionada por divulgar um ranking de performance de empregados que fere o acordo coletivo da categoria. A medida foi o tema central da reunião da segunda 26.
De acordo com apuração dos dirigentes sindicais, todos os empregados que vendiam produtos passavam a constar numa “galeria de notáveis”. “Essa prática é constrangedora para todos os trabalhadores. Por isso reivindicamos que a superintendência retirasse o ranking com a máxima urgência”, destaca o dirigente sindical Sérgio Anaz.
Outro questionamento feito pelos representantes dos trabalhadores foi o direcionamento de clientes para as lotéricas. “Há denúncias de que esse encaminhamento da população para correspondentes bancários tem ocorrido de forma abusiva por determinação de gestores. Não concordamos com essa prática que desvia a Caixa Federal de seu papel de banco público a serviço da população”, destaca o dirigente.
A superintendência se comprometeu em apurar a denúncia.
Santo Amaro – As condições de trabalho e a estrutura das agências foram debatidas em outra reunião, desta vez com a Superintendência Santo Amaro na terça 27.
Na ocasião os dirigentes sindicais cobraram solução para os bancários que estavam lotados na agência localizada no Shopping Fiesta, na zona sul. Resultado de uma divergência entre a Caixa e a administração do shopping, a agência acabou sendo “despejada” em dezembro do ano passado e, desde então, os cerca de vinte trabalhadores passaram a dividir o mesmo espaço com os empregados da agência Guarapiranga. “Só que o espaço físico não comporta tanta gente, o ar condicionado não dá conta, entre outras situações insustentáveis”, descreve o diretor do Sindicato Rafael Castro.
O superintendente afirmou, com informações da área de logística da Caixa, que já está sendo providenciado um novo local nas proximidades do shopping para reativar a agencia dentro de sessenta dias.
A situação caótica da agência Jardim Ângela também foi discutida com o representante da Caixa. A falta de empregados da unidade tem provocado sobrecarga de trabalho e os clientes ficam até três horas para serem atendidos.
“Os empregados estão enfrentando sobrecarga desumana de trabalho. E isso acontece em vários locais, mas no Jardim Ângela está insustentável e exigimos que sejam tomadas providências para preservar a saúde dos bancários”, afirma Rafael.
O representante da Caixa disse que está ciente do problema e que estão tomando providências para melhor as condições de trabalho.
O Sindicato e a Apcef-SP também cobraram solução para os avaliadores de penhor, pois foi constado pelas entidades que existem locais com apenas um empregado para dar conta desse trabalho na agência. “Quando a pessoa sai para almoçar, quando dá, o guichê fica fechado para atendimento ao público”, diz o dirigente sindical.
A situação de outras unidades também foi discutida e os debates com o setor de logística prosseguirão.
Jair Rosa - 27/3/2012
