São Paulo – Respeitar as normas da OIT (Organização Internacional do Trabalho), combater os assédios moral e sexual, garantir a liberdade de organização sindical e abolir qualquer tipo de discriminação no emprego independentemente de etnia, religião, opinião política, gênero ou orientação sexual. Esses são alguns dos princípios que constarão no Acordo Marco Global a ser assinado em 21 de maço pelo Sindicato, a UNI Américas Finanças e o Itaú.
O documento é fruto de mais de dois anos de negociações e regerá premissas básicas a serem seguidas em todos os países onde o banco atua. “Esse acordo é importante por ser o primeiro no setor financeiro com um banco privado, estabelecendo novo marco nas negociações em nível regional e global”, afirma o funcionário do Itaú e diretor regional da UNI Américas Finanças, André Luis Rodrigues, lembrando que o Banco do Brasil já é signatário desse acordo. “Esse documento possibilita que assuntos gerais e de interesse da sociedade e dos trabalhadores sejam discutidos em mesa de negociação.”
Segundo o dirigente sindical, para chegar a esse acordo, participaram de reuniões com o Itaú, além dos bancários brasileiros, representantes dos trabalhadores da Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai. “O acordo marco também tem por princípio que o Itaú tem de respeitar a legislação de cada país e que irá se empenhar no combate ao trabalho infantil e respeitar as negociações coletivas. São premissas essenciais para avançarmos cada vez mais na melhoria das condições de trabalho de todos os funcionários espalhados pelo mundo.”
UNI – A Uni Américas Finanças integra a UNI Global Union, entidade que agrega cerca de mil sindicatos de diversas categorias profissionais em 140 países, representando cerca de 20 milhões de trabalhadores.
No caso do setor financeiro, os sindicatos estão organizados em redes sindicais de bancos internacionais (Itaú, BBVA, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Scotia Bank) que se reúnem anualmente para traçar políticas comuns de atuação no continente americano. O Sindicato é filiado à UNI por meio da Contraf-CUT.
Jair Rosa - 12/3/2014
