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Chapéu
Distorção

CUT contesta Folha de S. Paulo: 'induz o leitor ao erro'

Linha fina
Presidente da central, Vagner Freitas, nega que esteja negociando com o governo Temer a volta da cobrança da contribuição assistencial em troca de "oposição menor" a reformas
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Foto: Roberto Parizotti / CUT

São Paulo - O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, negou em nota divulgada neste sábado 25 que a entidade esteja negociando com o governo Temer a retomada da cobrança da contribuição assistencial em troca de apoio ou "oposição menor" às reformas pretendidas pelo Planalto.

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"A CUT não está negociando com o governo ilegítimo e golpista de Temer a volta de qualquer tipo de imposto em troca do fim da aposentadoria e da CLT", disse Freitas em nota. A manifestação do presidente da entidade se deu por conta de uma matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo desse sábado, cuja manchete era Por mais verba, centrais podem apoiar Temer em reformas.

O texto do periódico, assinado por Bruno Boghossian e Paulo Gama, tem como única fonte identificada o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna. A matéria afirma que "a Força diz ter o apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) para as negociações”. No entanto, nenhuma das entidades citadas foi ouvida pela reportagem.

"A leitura da matéria prova a distorção do jornal que, sempre que possível, busca desqualificar a luta da CUT em defesa dos direitos da classe trabalhadora", critica Vagner Freitas. "A CUT não negocia direitos conquistados com muita mobilização, luta, enfrentamentos com a polícia política dos governantes antidemocráticos por nenhuma negociata feita em gabinetes."

Em sua nota, Freitas promete ainda manter a mobilização nas ruas contra as reformas propostas pelo governo. "A luta da CUT é em defesa da classe trabalhadora. Colocamos um milhão de pessoas nas ruas contra os desmontes de Temer no último dia 15 e no próximo dia 31 vamos parar o Brasil contra a terceirização, contra o fim da aposentadoria  e da CLT."

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