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Chapéu
Comissão bipartite

Movimento sindical e Fenaban discutem saúde no trabalho

Linha fina
Em comissão bipartite, representantes dos trabalhadores cobraram bancos sobre adiantamento emergencial de salário, avaliação do PCMSO e diálogo sobre melhorias na organização de trabalho nas instituições financeiras
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Foto: Jailton Garcia / Contraf-CUT

São Paulo - Representantes do movimento sindical bancário e da Fenaban (federação dos bancos) reuniram-se na segunda-feira 13 em mesa da Comissão Bipartite de Saúde no Trabalho. Prevista na Convenção Coletiva de Trabalho 2016/2018 (CCT), a comissão discutiu a implantação da cláusula 57 da CCT, que trata da organização do trabalho nos bancos; o adiantamento emergencial de salário em períodos transitórios especiais de afastamento por doença, regido pela cláusula 65; e como se dará a avaliação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, abordado na cláusula 67 da CCT.

Organização do trabalho – Sobre a implantação da cláusula 57, que trata do Programa de Desenvolvimento Organizacional para a Melhoria Contínua das Relações de Trabalho, a Fenaban informou que será realizada reunião específica sobre o tema em maio, na qual será determinado como se dará o acompanhamento da cláusula.

“Informamos à Fenaban que o entendimento sobre a cláusula não tem sido o mesmo em cada banco. Algumas instituições já apresentam um documento pronto, sem diálogo, e outras abrem negociação como, por exemplo, o Itaú, que aceitou discutir a revisão das metas”, relata o secretário de Saúde do Sindicato, Dionísio Reis.

“Reforçamos nossa cobrança para que essa discussão seja feita de forma séria, com abertura ao diálogo e negociação em todos os bancos”, enfatiza o dirigente.

Adiantamento emergencial – Em relação à cláusula 65, o adiantamento emergencial de salário em períodos transitórios especiais de afastamento por doença, a Fenaban também informou que marcará uma reunião específica sobre o tema.

“Temos identificado muitos bancários que, com o benefício negado pelo INSS, também tem o pedido de adiantamento negado pelos bancos. Para piorar, com as mudanças promovidas pelo governo federal, perderam até o direito ao pedido de reconsideração no INSS. Reivindicamos que os bancos assegurem o adiantamento emergencial aos trabalhadores”, diz Dionísio.

PCMSO – Já sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, a Fenaban aceitou avaliar exames médicos realizados por cada banco e debater propostas do movimento sindical para a redação do formulário de avaliação destes exames. 
 
“É claro que estes exames possuem diversos problemas. Recebemos muitas denúncias sobre as condições em que são feitos como, por exemplo, que muitas vezes não são realizados por médicos do trabalho e que os médicos não tem autonomia frente aos bancos. Porém, além dos exames, existem diversos outros problemas que precisam ser discutidos como, por exemplo, a saúde do ambiente de trabalho, a ergonomia e o tratamento dado aos bancários que passam por afastamentos”, relata o diretor do Sindicato.

Exame de retorno ao trabalho – Outro tema abordado na comissão foi a denúncia de muitos bancários de que as instituições não estão realizando o exame médico de retorno ao trabalho de afastados por questões de saúde.  “É uma denúncia extremamente grave, que pode trazer sérias complicações para a saúde dos trabalhadores. A Fenaban assumiu o compromisso de investigar as razões pelas quais os exames não são realizados”, conclui Dionísio.

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