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Chapéu
Capão Redondo

Sindicato e Apcef-SP defendem Caixa 100% pública

Linha fina
Em ato realizado em agência simbólica da região, representantes dos empregados enfatizaram a importância do papel social do banco e denunciaram seu desmonte pelo governo Temer
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Foto: Seeb-SP

São Paulo – Em defesa da Caixa 100% pública, Sindicato e Apcef-SP realizaram ato na segunda-feira 27, na agência Capão Redondo, zona sul da capital paulista, denunciando o esvaziamento do papel social do banco e o seu desmonte pelo governo Temer. No protesto, parte da campanha Mais Empregados Para a Caixa, Mais Caixa Para o Brasil, dirigentes sindicais recolheram assinaturas junto à população exigindo a contratação de mais empregados.

“A agência Capão é uma unidade simbólica. Recebe a demanda não atendida por outras unidades menores da região, que estão com o quadro de empregados desfalcado. A escolha por uma agência da periferia não foi por acaso. Nos bairros periféricos não existe o interesse dos bancos privados em proporcionar um bom atendimento. Como buscam locais com maior concentração de renda, deixam unidades periferia com poucos bancários para atender muita gente, situação inversa a dos bairros nobres e centrais. É papel da Caixa, enquanto banco público, bem atender toda a população”, destaca o dirigente sindical e empregado da Caixa Ricardo Terrível (foto abaixo).

Segundo o dirigente, a situação dos empregados da Caixa, que já não era boa, se agravou ainda mais com o cronograma de saques de contas inativas do FGTS. “É importante frisar que é de extrema importância que a gestão do FGTS se mantenha na Caixa. Não podemos entregar um patrimônio dos trabalhadores para os bancos privados. Entretanto, a direção da Caixa deve contratar mais empregados e proporcionar condições de trabalho adequadas para suprir o aumento de demanda.”

Papel social – O dirigente sindical explica também que a atual direção, indicada pelo governo Temer, ignora o papel social do banco público.

“A Caixa não pode ser submetida à mesma lógica dos bancos privados. O país não precisa de mais um banco comercial como Itaú, Bradesco ou Santander. Ao tomar este caminho, a direção prejudica empregados, cada vez mais sobrecarregados, e a própria sustentabilidade financeira da instituição. Ao invés de contratar mais, em um momento de crescimento de demanda, cortam milhares de empregados através de um plano de demissões incentivadas”, explica Ricardo.

“A população está percebendo o processo de desmonte da Caixa promovido pelo governo Temer e tem nos apoiado cada vez mais. Um banco público deve ser um instrumento para o desenvolvimento do país. Defender uma Caixa 100% Pública é defender um país mais justo. Se é público, é para todos”, avalia o dirigente sindical, reforçando ainda que a mobilização contra o desmonte da Caixa ocorre nacionalmente.

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