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Sessenta mil mulheres terão diagnóstico de câncer de mama neste ano

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Instituições filantrópicas de apoio à saúde da mulher sugerem, em relatório, frentes de combate ao câncer feminino mais comum, como políticas públicas para as mais pobres e rapidez no início do tratamento
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Imagem: Freepik

São Paulo – A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) lançou nesta quinta-feira 8 relatório com medidas preventivas e de assistência ao câncer de mama, tipo da doença mais comum entre as mulheres. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer José de Alencar (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, 60 mil mulheres deverão receber o diagnóstico da doença em 2018. Grande parte terá no SUS a única via para conseguir tratamento – um sistema ineficiente e capaz de tornar o enfrentamento da doença ainda mais desgastante e traumatizante, conforme a coordenação da entidade. (Acesse aqui a íntegra do documento).

O relatório aponta dificuldades identificadas no enfrentamento da doença e as possibilidades de iniciativas envolvendo poder público e terceiro setor e propõe frentes de ampliação do acesso ao atendimento qualificado e ao tratamento ágil e assertivo do câncer. (Veja abaixo 14 frentes de enfrentamento ao câncer de mama)

A alta incidência da doença, conforme a Femama, é causada, sobretudo, pela falta de educação para a prevenção, diagnóstico tardio, demora no início do tratamento, tratamento prejudicado pela distância geográfica, sem contar a falta de transporte, a falta de políticas públicas para inserir as mulheres de baixa renda no diagnóstico e tratamento adequado, o despreparo dos profissionais quanto à Política  Nacional de Humanização e às características culturais da mulher – que dificultam a realização do exame de mamografia por vergonha ou constrangimento, medo da dor e do resultado do exame - e problemas nos contratos com prestadores de serviços, provocando descumprimento ou insuficiência dos serviços prestados.

O relatório destaca ainda problemas estruturais nas unidades de saúde, equipamentos inoperantes e falta de insumos, demanda reprimida por atendimento pela falta de profissionais e financiamento insuficiente para suprir as unidades de saúde.

“Nosso objetivo é contribuir para que mulheres de todas as regiões brasileiras possam contar com um sistema de saúde efetivo e capaz de atendê-las em todas as suas necessidades. O que vemos atualmente é a demora em conseguir tratamento e a não oferta de alternativas terapêuticas básicas e mais eficazes”, disse a presidente da Femama, a mastologista Maira Caleffi.

Dados do Observatório da Oncologia apontam para o valor do tratamento do câncer de mama em estágio inicial: R$ 11.373 por paciente com câncer de mama pré-menopausa e R$ 49.488 nos casos pós-menopausa. Nas fases mais avançadas, esses números chegam a R$ 55.125 e R$ 93.241, respectivamente. E cada vida feminina perdida pelo câncer causa uma perda média de R$ 145 mil na economia anualmente.

Conforme a Femama, o montante que deveria ser investido pelo poder público no tratamento dessas pacientes é muito inferior ao que a economia brasileira deixa de ganhar com essas mulheres saudáveis.

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