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Sindicato cobra Itaú sobre demissões 

Linha fina
Dispensas atingem funcionários perto do período de estabilidade pré-aposentadoria; representantes dos trabalhadores também pediram explicações sobre reajuste abusivo no plano de saúde e aumento da cobrança de metas do Agir
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Foto: Seeb-SP

Os representantes dos trabalhadores cobraram da direção do Itaú resposta sobre as demissões que vêm ocorrendo no país todo, principalmente na Área Operacional das Agências. Essas demissões atingem funcionários com muitos anos de banco e que estão perto da pré-aposentadoria. 

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Vários Gerentes Operacionais estão sendo demitidos e na reunião realizada nesta quarta-feira 20, na sede da Contraf-CUT o Itaú foi questionado sobre uma possível reestruturação nas agências.

O banco respondeu não ter nenhuma resposta imediata sobre os temas apresentados e se comprometeu a levar os questionamentos para as áreas envolvidas e dar retorno posteriormente.

Os representantes do banco apresentaram números de demitidos e admitidos em 2018, sendo que o saldo de contratações foi positivo com um turnover de 10%.

Foram contratados 9.870 funcionários e demitidos 8.618. O mesmo ocorreu no mês de janeiro de 2019, quando foram admitidos 718 trabalhadores e demitidos 664.

> Bancos criaram apenas 6 postos de trabalho em janeiro

“Mesmo com estes números apresentados notamos que o banco está demitindo os bancários mais velhos  e com salários maiores e contratando jovens com salários mais baixos”, afirma Valeska Pincovai, dirigente sindical e bancária do Itaú. “A maioria desses trabalhadores se dedicaram por mais de vinte anos ao banco e quando estão perto de se aposentarem são descartados em um verdadeiro ato de discriminação”, protesta a dirigente. 

Além da pauta principal, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) aproveitou para questionar o banco sobre o reajuste de 11% no plano de saúde e solicitou a reativação do Grupo de Trabalho que debate questões relacionadas ao convênio médico, para que o tema voltasse a ser debatido com os trabalhadores.

O aumento da cobrança de metas do Agir também foi motivo de cobrança ao banco, além da burocracia para encaminhamento e retorno de documentos e outras solicitações à Área de Pessoas (RH), que está causando transtornos aos bancários.

O Itaú se comprometeu a dar retorno na próxima reunião que será agendada para abril, ainda sem data definida. 

A COE ficou de encaminhar ao banco propostas a serem discutidas sobre programas próprios de remuneração, emprego e solicitou uma agenda para continuidade do debate do Grupo de Saúde.

“Esperamos que o banco nos apresente o motivo dessas demissões que estão ocorrendo de maneira injusta, principalmente dos bancários que estão próximos de aposentadoria. E se há uma mudança nas agências que justifiquem tantas dispensas na Área Operacional isso deve ser discutido com os sindicatos, inclusive com uma proposta de realocação desses trabalhadores”, afirma Valeska. 

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