Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Massacre em Suzano

Tragédia abre discussão sobre como o país tem tratado as escolas e alunos

Linha fina
Advogado afirma que redução nos investimentos, culto às armas, ascensão da extrema-direita só impedem projeto pedagógico e de seguranças nas escolas
Imagem Destaque
Foto: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

atentado em uma escola de Suzano, na região metropolitana de São Paulo, que deixou 10 pessoas mortas e nove feridas, na terça-feira 13, levanta a importância de uma reflexão sobre como a sociedade brasileira tem tratado crianças e adolescentes e a própria educação pública. A avaliação é do advogado especialista em Direito da Infância e da Juventude Ariel de Castro Alves, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Ao contrário das declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) em relação a "arma fazer tão mal quanto um carro" e do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que usou a tragédia para criticar a maioridade penal e o desarmamento, ou ainda, da ascensão de doutrinas da extrema-direita que pregam o culto às armas, violência e intolerância, o advogado chama a atenção para a falta de estrutura das instituições de ensino. 

De acordo com Alves, o momento posterior ao massacre precisa vir acompanhado de um projeto que dê conta da seguranças nas escolas, mas também do processo pedagógico tanto para o entendimento do bullying como  da evasão escolar e da necessidade de mais investimentos na educação, por exemplo, para contratação de professores mediadores de conflitos. "Eu entendo que mais violência só vai gerar sempre mais violência. É necessário um trabalho mais preventivo das escolas, com relação à própria estrutura, do que essas questões que eles (Eduardo e Flávio) colocam", afirma à jornalista Marilu Cabañas.

Ouça a entrevista na íntegra

seja socio