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Trabalhadores se manifestam sobre imposto sindical

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Plebiscito sobre o tributo obrigatório colheu votos no Centro; consulta faz parte de campanha da CUT pelo fim da taxa compulsória
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São Paulo – Com urnas instaladas na esquina da Rua São Bento com a Avenida São João, em frente ao edifício Martinelli, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o Sindicato colheram, na terça-feira 10, a opinião da população sobre a obrigatoriedade do imposto sindical. O plebiscito, que começou no dia 26 de março e deve se estender até o final de abril, faz parte da campanha da CUT contra o tributo.

> Fotos: veja como foi a coleta de opiniões para o plebiscito sobre imposto sindical

“Queremos o fim do imposto sindical porque acreditamos que isso fortalecerá as entidades atuantes de fato, ao mesmo tempo em que enfraquecerá sindicatos que se acomodam em torno dessa contribuição obrigatória”, disse a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, durante o ato que chamou a atenção dos passantes para o plebiscito: Eu digo NÃO ao imposto sindical. A dirigente lembrou que o Sindicato devolve os 60% da contribuição que são destinados à entidade. “Devolvemos a parte que nos cabe aos bancários cadastrados que requerem o reembolso”, explicou.

> Sindicato devolve imposto sindical

Do total do desconto, que corresponde a um dia de trabalho no mês de março (3,33% do salário mensal), 60% vão para os sindicatos e os 40% restantes vão para as federações e confederações da categoria e para o Ministério do Trabalho que, por sua vez, repassa os recursos para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e às centrais sindicais.

O presidente da CUT, Artur Henrique, participou da manifestação. “Estamos aqui para ouvir a opinião dos trabalhadores sobre o imposto obrigatório, e também para chamar a atenção da população sobre a taxa. Muitos nem sequer sabem o que é aquele desconto que vem todo mês de março”, disse. "O imposto obrigatório atenta contra a liberdade e autonomia sindical. Os sindicatos têm de ser sustentados por contribuições voluntárias de seus associados, aprovadas em assembleia. Não queremos mais sindicatos atrelados ao Estado”, enfatizou Artur Henrique.

O dirigente informou que em maio a CUT lança a segunda fase da campanha, desta vez pela ratificação da Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê a liberdade e autonomia sindical.

As urnas ficaram na rua até 15h, mas quem quiser se manifestar sobre o imposto pode depositar seu voto em uma urna fixa, no hall de entrada da sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, Ed. Martinelli, próximo à estação de metrô São Bento). A urna ficará na sede até o final da campanha.


Andrea Ponte Souza - 10/04/2012

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