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Sindicato cobra internalização na TI do Itaú

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Setor reúne diversos prestadores de serviços que têm salários inferiores em relação à categoria bancária
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São Paulo – O Sindicato tem cobrado que o Itaú internalize os funcionários terceirizados que prestam serviços relacionados à Tecnologia da Informação (TI). A direção do banco, no entanto, não se posiciona sobre a reivindicação.

Wagner Fantini, diretor do Sindicato, recebeu diversas queixas de trabalhadores desse segmento lotados no Centro Tecnológico Operacional (CTO), que exercem as mesmas tarefas dos contratados diretos pela instituição financeira. “Mesmo trabalhando lado a lado e executando basicamente o mesmo serviço, eles recebem salários que chegam a ser 30% menores que os bancários. Isso é insustentável e nossa luta é para que o Itaú reveja essa situação e contrate essas pessoas como os demais funcionários. Os trabalhadores podem ajudar: é essencial que todos se mobilizem contra o projeto de lei 4330 que legaliza a terceirização em todos os setores das empresas.”

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De acordo com o dirigente sindical, outra questão que preocupa a todos, bancários e terceirizados, é que o banco estaria contratando consultoria para diminuir ainda mais os custos com pessoal. “Estamos cobrando reunião com o Itaú para que explique qual a real intenção com a contratação dessa empresa. Não aceitamos que haja demissões nem retirada de direitos das pessoas.”

A situação dos bancários do CTO já foi denunciada pelo Sindicato, principalmente no que se refere a demissões no segmento de TI. Nesse ponto especificamente, o Itaú enviou comunicado ao Sindicato, no qual nega que haja cortes em massa e que “apenas” 15 funcionários foram desligados da área de operações entre janeiro e março deste ano.

> Denúncias de demissões e terceirização no CTO

CTO caindo aos pedaços – Fantini também reivindica que o Itaú cobre da administração predial do chamado CTO 3 (que também é terceirizada) para que sejam tomadas providências na melhoraria do ambiente de trabalho.

Segundo o dirigente, os banheiros da recepção da Avenida do Estado apresentam péssimas condições de higiene, o terceiro andar está com vazamentos no teto e o piso de borracha do local tem de ser trocado.


Jair Rosa – 22/4/2015

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