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Chapéu
Banco Pan

Bancários não podem pagar pela crise

Linha fina
Direção da empresa fala em prejuízo e queda nas operações de crédito para justificar centenas de demissões em todo o país; Sindicato rejeita que trabalhadores paguem o pato, cobra realocação e respeito aos direitos
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São Paulo – A direção do Pan quer que os bancários paguem o pato da crise. No início de março, os sindicatos perceberam um aumento no número de demissões no banco, em todo o Brasil. Em reunião realizada no dia 30 de março, uma comissão nacional organizada pela Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) questionou o Pan sobre essa reestruturação e exigiu o fim dos cortes. Nesta terça-feira 11, em uma nova reunião, os representantes da empresa expuseram aos dirigentes sindicais a situação financeira do Pan: prejuízo em 2016; queda nas operações de crédito para veículos, no consignado.

Os bancários não aceitam que esse trágico quadro – que tomou conta de empresas e fábricas de todo o Brasil diante do modelo de governo imposto por Michel Temer – seja usado pelo banco para cortar postos de trabalho.

“Reivindicamos que não sejam feitas mais dispensas e que os empregados sejam realocados”, conta a diretora executiva do Sindicato Neiva Maria, que participou da reunião. “Já avisamos: não vamos aceitar que os empregados paguem pela crise da instituição e do país. Estamos aguardando retorno do banco quanto a alternativas para essa reestruturação.”

Os representantes do Pan informaram que no restante do país o processo de demissão já foi concluído. No entanto, o problema permanece centralizado em São Paulo, onde há um volume maior de funcionários e operações. Na base do Sindicato, o banco tem  1.595 funcionários.

“Estamos em um momento em que a crise econômica e situação do país exigem uma reação conjunta dos trabalhadores, ao lado do Sindicato, na defesa de seus direitos”, destaca Neiva. “Daí a importância da participação de todos na greve geral convocada pelas centrais sindicais para 28 de abril. Só com muita luta e mobilização vamos conseguir mudar esse modelo de governo que quer tirar tudo dos trabalhadores sem mexer com os privilégios dos que mais ganham no país.”

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