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Capital

Médicos aderem à greve; haverá plantão para urgências

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Segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo e a Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, será mantida escala de atendimento de casos de urgência
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Foto: <a href="http://www.freepik.com" target="+blank">Jannoon028 / Freepik</a>

São Paulo – Os médicos também vão parar nesta sexta-feira 28, dia da greve geral contra as reformas trabalhista e da Previdência e a lei da terceirização. Embora a adesão seja parcial, com escala de plantão para garantir o atendimento aos casos de urgência, ao menos nove unidades de saúde, todas da zona oeste da capital paulista, não deverão funcionar. São as unidades Boa Vista, Jardim D´Abril, Vila Dalva, São Jorge, Paulo VI, São Remo, o Centro de Saúde Escola Butantã e o Serviço de Assistência Especializada DST/AIDS Butantã. Nas outras unidades, o atendimento será parcial.

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De acordo com o secretário de Comunicações e Imprensa do Sindicato do Médicos de São Paulo (Simesp), Gerson Salvador, é grande a mobilização dos trabalhadores nessas unidades. "Conforme determina a legislação, os gestores e o Conselho Regional de Medicina foram avisados com 72 horas de antecedência. E em todas as unidades haverá distribuição de panfletos para esclarecer a população sobre as razões da paralisação", disse o dirigente. 

O Simesp é contra a reforma trabalhista e da Previdência e apoia a greve geral. Em carta distribuída à população, a entidade destaca que o desemprego e os empregos de baixa qualidade, precarizados e mal remunerados estão entre as principais causas de doenças que levam a população a procurar o serviço de saúde. E que muitas dessas pessoas morrem mesmo antes de se aposentar. 

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No país - Em todo o Brasil, pelo menos 200 médicos vinculados à Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares (RNMMP) deverão aderir à greve geral. Em carta à população divulgada na manhã de quinta 27, eles afirmam enfrentar, cotidianamente, "os desafios e as contradições da dura realidade do nosso povo".

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"Conhecemos de perto o adoecimento provocado pela escassez de políticas públicas, pela dificuldade de acesso aos serviços e pelo aprofundamento do desemprego. Somos testemunhas e sentimos pela opressão nas relações de etnia, gênero e orientação sexual."

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"Lidamos diariamente com a violência urbana e no campo, com a marginalização das comunidades periféricas e tradicionais, com a negligência para com as pessoas que convivem com necessidades especiais e a invisibilizacao das/os idosas/os. Sabemos de perto o quanto maléfico é a desregulamentação das relações de trabalho e dos impactos nocivos da lei de  terceirização assim como o absurdo desmonte da previdência."

 

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