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Chapéu
Revolta

Policiais invadem a Câmara contra ataque à Previdência

Linha fina
Pesquisa CUT-Vox Populi aponta que nada menos do que praticamente toda a população brasileira é contra a reforma da Previdência de Temer
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Foto: Lula Marques / AGPT

Brasília - Um grupo de ppliciais civis contrários à reforma da Previdência tentou invadir a Câmara de Deputados na terça 18. Os manifestantes chegaram a passar pela chapelaria, entrada principal que dá acesso aos salões Negro e Verde. Após repressão da Polícia Legislativa, houve quebra-quebra e parte dos vidros da portaria principal acabou estilhaçada. Até às 16h30 não havia informações sobre feridos ou detidos.

Após a confusão, parte do grupo dirigiu-se à rampa do Congresso Nacional. A segurança nas portarias foi reforçada, e a circulação entre o Senado e a Câmara foi restrita. Um grupo de manifestantes entrou para uma reunião com o relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA).

Desde o final da manhã, o grupo formado por cerca de 3 mil policiais civis, militares e guardas municipais, entre outros profissionais da segurança pública, posicionou-se em frente ao gramado do Congresso Nacional para protestar contra a proposta de reforma da Previdência. O texto original encaminhado pelo governo previa o fim da aposentadoria especial para a categoria. No Senado, as saídas foram fechadas, e alguns manifestantes chegaram a bater nos vidros da entrada.

Pesquisa CUT-Vox Populi, realizada entre os dias 6 e 10 de abril, aponta que nada menos do que 93% da população brasileira é contra a reforma da Previdência de Temer.

Mobilização - O presidente da Frente Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, informou que mantém contato com os demais líderes sindicais para que recuem e não criem confusão com os policiais legislativos. A expectativa de Boudens é de que, entre terça 18 e quarta 19, haja uma “última tentativa de diálogo” com o relator da PEC antes da apresentação do parecer, prevista para quarta 19.

Para a Fenapef, as mudanças propostas pelo governo federal, mesmo com algumas flexibilizações, ainda não agradam às categorias policiais. “A idade mínima não está em discussão para nós. Já temos a previsão de aposentadoria por tempo de serviço, e o governo quer criar uma segunda”, disse Boudens, acrescentando que as mobilizações vão continuar se o relatório não for alterado de acordo com as sugestões dos policiais. Para o próximo dia 28 está marcada uma greve geral contra as reformas.

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