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Programação do seminário em defesa dos bancos públicos

Linha fina
Ainda no debate de hoje, entidade lançará também cartilha sobre mentiras usadas contra essas instituições, tão essenciais ao desenvolvimento do país 
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Foto: Seeb-SP

São Paulo – Redução de postos de trabalho, processos de reestruturação para reduzir direitos, fechamento de agências fazem parte da dura realidade enfrentada por bancários da Caixa Federal, Banco do Brasil e outras instituições financeiras públicas.

Para auxiliar os trabalhadores e outros segmentos da sociedade a entender porquê essas empresas essenciais para o país estão passando por processo de desmonte, o Sindicato está realizabdo neste momento, o seminário Em Defesa dos Bancos Públicos, quando também será lançada a cartilha Em Defesa dos Bancos Públicos: Verdades e Mentiras.

O debate é transmitido ao vivo pelo Sindicato via site, Facebook e YouTube, além de transmissão em tempo real pelo perfil da entidade no Twitter.

A cartilha foi elaborada a pedido do Sindicato pelo economista João Sicsú, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Existe um processo de desmonte geral do estado brasileiro, por meio de propostas de reformas da Previdência e trabalhista. Os bancos públicos também estão inseridos nesse ataque”, afirma, explicando um dos objetivos da publicação. “Existem mentiras que são marteladas o tempo todo, passado a ideia de serem verdades. Uma delas é que os bancos públicos não têm competência, por exemplo, para ofertar crédito. A verdade, no entanto, é que desde 2004 as taxas de inadimplência das instituições financeiras públicas são bem menores que a dos privados. O que mostra que há um grande zelo nesses bancos com essas operações.”

Ele lembra ainda que, embora o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) possa ser adotado tanto por bancos públicos quanto privados, cerca de 70% dos empréstimos são feitos pelo Banco do Brasil. “Como a taxa de juros é de cerca de 5,5% ao ano, não há interesse da iniciativa privada nesse segmento. Mas se o programa para de existir no formato atual e se o BB deixa de ser seu principal agente, a produção de alimentos deve cair e o preço ao consumidor aumentar”, acrescenta João Sicsu.

Resistência – O diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga, ressalta a importância de, nessa conjuntura, todos se apoderarem de informações mais precisas para dialogar com a sociedade. “Nossos principais aliados são o pequeno e médio agricultor, os clientes que reconhecem a qualidade de nosso trabalho. Enfim, ter informações mais aprofundadas sobre o BB, a Caixa e demais instituições é essencial para ampliar a luta contra os ataques do governo Temer.”

Para o também diretor do Sindicato Dionísio Reis, o seminário e a cartilha integram a luta diária da entidade para ampliar a resistência contra a privatização. “O Sindicato, a Apcef-SP e outras entidades tocam as campanhas Mais Empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil e pela manutenção da Caixa 100% pública. Criamos comitês de defesa das estatais, realizamos diversas manifestações denunciando ataques ao BB, à Caixa e ao BNDES. O seminário e a cartilha são instrumentos importantes no sentido de fomentar a discussão e ampliarmos a resistência contra os ataques do governo ilegítimo de Michel Temer”, acrescenta Dionísio, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE).   

> Mesa 1: Bancos Públicos são para Todos
Mesa 3 - Financiamento da Indústria e Emprego

 

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