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Terceirizados no Santander não recebem hora extra

Linha fina
Caso ocorre após funcionários da segurança terem de trocar de empresa para continuar atuando no banco
Imagem Destaque
São Paulo – Os trabalhadores da área de segurança no Santander estão vivendo uma situação que mostra as consequências da terceirização. Desde o começo do ano estão sem receber pagamento pelas horas extras. Esses funcionários terceirizados são contratados pela empresa Haganá e atuam na sede do Santander, conhecida como Torre, e nas concentrações da Rua Braúlio Gomes, Casa 1 e Casa 3.

No início de 2015 tiveram de sair da empresa que prestava o serviço para o banco para serem contratados pela Haganá, que passou a fazer a segurança desses locais.  “Eles já tiveram perda de direitos quando trocaram de empresa, já que para isso pediram demissão, perdendo as verbas rescisórias e multa de 40% do FGTS. Agora são prejudicados novamente e esta é uma das consequências da terceirização”, ressalta o diretor do Sindicato Welington Correa. “Como responsável pela contratação dessas terceirizadas, o Santander precisa tomar uma medida em relação às empresas que estão descumprindo a lei e exigir que elas respeitem os direitos dos trabalhadores.” Para o dirigente, a situação é mais um exemplo do quanto a terceirização irrestrita proposta pelo PL 4330 – aprovado pela Câmara Federal e agora aguardando votação no Senado como (PLC) 30/2015 – é maléfica para os trabalhadores.

“Os terceirizados ganham 25% menos que os empregados diretos, e no setor financeiro essa diferença é de 70%. Eles também trabalham, em média, três horas a mais por semana que os contratados. E o número de acidentes e mortes decorrentes do trabalho entre os terceirizados é alarmante: 3,4 vezes maior. A cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem com terceirizados.” Os dados, apontados pelo diretor do Sindicato, Anderson Pirota, são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).


Luana Arrais - 18/5/2015
 
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