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Chapéu
Massacre

Alckmin não explica ação violenta na Cracolândia

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Região amanheceu com a chegada de mais de 600 policiais civis e militares com suposta operação antidrogas. Governador, que esteve no local, saiu sem responder questionamento dos moradores
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Foto: Tiago Macambira / Jornalistas Livres

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e seu afilhado político, o prefeito paulistano João Doria (PSDB), começaram o domingo cedo. Ainda antes das 7h, estiveram na região central de São Paulo conhecida como Cracolândia. Junto com eles, mais de 600 policiais, sendo 450 da Polícia Civil e 200 policiais militares. Havia helicópteros sobrevoando a área. E veículos de imprensa previamente avisados posicionados no local.

Em sua página nas redes sociais, Alckmin postou um vídeo gravado no Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), fazendo balanço do que ele chamou de megaoperação: 26 traficantes da região detidos, outros 10 de fora, 10 quilos de crack, armas e outras drogas.

"Retirar as drogas e as armas e, de outro lado, atendimento médico para ajudar essas pessoas a saírem das drogas", disse Alckmin, no vídeo.

O governador, no entanto, não respondeu perguntas de voluntários que prestam assistência aos moradores. "Esta é a cidade linda de Doria, governador? Esse massacre?", questionaram ativistas.

O coordenador geral do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, condenou a ação. "Inadmissível tamanha violência."

Temer - Em entrevista concedida após a ação, Alckmin afirmou que, para ele, nada mudou a partir das denúncias envolvendo o presidente Michel Temer.

"Temos de ter responsabilidade neste momento. A crise é grave, o desdobramento, nós temos de acompanhar. O PSDB vai ter nos próximos dias uma reunião de avaliação. Nós estávamos começando a recuperar a economia. Os indicadores econômicos começando a melhorar. Vai ter que redobrar o trabalho, redobrar o esforço, para poder manter esse rumo".

Doria, que tem defendido "bom senso de parlamentares para aprovar as reformas", declarou ao jornal Folha de S.Paulo que "o PSDB não deve romper com o Brasil. Deve ter equilíbrio. Numa situação como essa, bom senso, equilíbrio, serenidade são fundamentais".

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