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Chapéu
Greve na Mercedes

Sem avanço na negociação, metalúrgicos apontam retrocesso

Linha fina
Mercedes fala em ir à Justiça; para diretor do Sindicato do ABC, dialogar é sempre a saída mais inteligente e aposta na retomada das negociações
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Foto: Edu Guimarães/SMABC

Em greve há nove dias, os trabalhadores na Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo decidiram, em assembleia, manter o movimento. A decisão foi tomada, na terça 22, depois que o Sindicato dos Metalúrgicos informou que não houve avanço nas negociações.

A reportagem é da Rede Brasil Atual.

Agora, segundo a entidade, a Mercedes informou que pretende ingressar na Justiça do Trabalho, algo pouco usual no setor automobilístico, há anos caracterizado pela negociação direta.

Na quarta-feira 23, haverá nova assembleia. Com aproximadamente 8.050 funcionários, essa fábrica é responsável por produzir caminhões.

"Foi precipitado", comentou o diretor-executivo do sindicato Moisés Selerges, também funcionário na montadora. "Na história dos trabalhadores da Mercedes, os impasses sempre foram resolvidos numa mesa de negociações. Vamos continuar tentando restabelecer um diálogo com a direção. Dialogar é sempre a saída mais inteligente", acrescentou. 

Os metalúrgicos reivindicam acordo que inclua reajuste incorporado aos salários, mudança nos critérios de cálculo da PLR (participação nos lucros ou resultados) e manutenção das cláusulas sociais, com um item de salvaguarda para assegurar negociação prévia sobre qualquer item da "reforma" trabalhista. 

Na sexta-feira 18, eles rejeitaram proposta de reajuste com base na variação do INPC mais abono. 

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