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Chapéu
Respeito

Hora de acabar com as demissões no Santander!

Linha fina
Lucro bilionário permite que o banco negocie com o Sindicato e melhore as condições de trabalho dos seus funcionários
Imagem Destaque
Foto: Seeb-SP

Mesmo com um lucro de cerca de R$ 10 bilhões no ano passado, mais de 500 bancários foram demitidos no Santander nos primeiros cinco meses deste ano. Por isso, nas últimas semanas, os bancários, com o Sindicato, realizaram manifestações na Torre Santander, Casa 1, Casa 3 e, principalmente, nas agências e no Vila Santander Paulista, alvos destas demissões. 

Nas agências, segundo o dirigente sindical e bancário do Santander Marcelo Gonçalves, a falta de funcionários impacta diretamente na piora das condições de trabalho e no atendimento à população. O banco está entre os líderes no ranking de reclamações de clientes no Banco Central. 

Ainda em relação às agências, as Superintendências Regionais têm descumprido principalmente a cláusula 37 da CCT, que proíbe os gestores de exigirem o cumprimento de metas e entrega de resultados por mensagens no telefone particular do bancário. Além disso, muitos funcionários têm trabalhado à noite, pós-expediente, ou seja, além da sua jornada de trabalho (já extenuante), para realizar a prospecção de novos clientes nas universidades. Para piorar, muitos gestores têm retirado vigias almocistas, prejudicando os vigilantes, que somente almoçam ou antes do turno (10h) ou depois, às 16h.

E, ainda, foi inventada mais uma forma de cobrar os caixas das agências. Trata-se da pesquisa “Seu Atendimento é Show”, que pede para que os clientes avaliem o atendimento recebido. O bancário que recebe avaliação negativa é punido com advertência, uma medida desmedida e exagerada.

“A pergunta é: o que está acontecendo? Queremos que a direção do banco negocie com o Sindicato para encontrarmos soluções. O Santander tem tido resultados financeiros extraordinários, fruto do empenho e dedicação de todos os bancários, sendo que, o maior lucro do banco sai justamente do Brasil. Diante disso, a direção do Santander pode perfeitamente melhorar as condições de trabalho dos seus funcionários e cessar as demissões!”, enfatiza Marcelo Gonçalves.

Vila Santander

Local de protesto de funcionários no dia 25 de maio, o Vila Santander teve mais de 100 bancários demitidos somente no mês passado. No call center do banco,  a gestão ainda vem reduzindo o TMO (Tempo Médio Operacional), que é o período que o atendente fica com o cliente na linha telefônica. “Além de impactar na aderência, o que penaliza o bancário, isso compromete a qualidade do atendimento. Muitos bancários estão receosos com o registro de reclamações junto ao Banco Central”, acrescenta Marcelo Gonçalves.

No Vila, muitos gestores estão controlando o uso do banheiro, o que fere o acordo de trabalho específico do setor e também o anexo II da Norma Reguladora 17 (NR 17), que trata do trabalho em teleatendimento/telemarketing e suas respectivas pausas.

“Além dos problemas de condições de trabalho, diversos bancários do call center procuraram o Sindicato nos últimos dias para relatar o corte de ponto no dia 25, quando exerceram seu direito de livre manifestação no local. Esta decisão precisa também ser revogada, pois a atividade aconteceu com o objetivo de abrir negociações e encontrar soluções para os problemas vividos pelos bancários do Vila Santander. Precisamos de diálogo, e não de mais um conflito”, finaliza o dirigente sindical.  

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