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Bancários se organizam contra o desmonte trabalhista e previdenciário

Linha fina
Bancários de SP querem impedir que a precarização da Reforma Trabalhista se concretize; Conferência Nacional acontece no fim deste mês
Imagem Destaque

São Paulo – Os bancários do estado de São Paulo já definiram suas prioridades neste sábado (15) e o debate será levado à Conferência Nacional, entre os dias 28 e 30 de julho, em São Paulo, para a definição de uma pauta unificada da categoria.

O acordo de 2016 foi fechado por dois anos, com correção integral no INPC acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas, válido para este ano.

“Este ano, teremos como prioridade a defesa dos direitos dos trabalhadores, duramente conquistados e ameaçados após aprovação da Reforma Trabalhista. Vamos lutar para impedir que as formas precárias de contratação e condições de trabalho não se tornem uma realidade dentro da categoria”, disse Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.  “Vários itens da reforma são pautas antigas dos banqueiros, como a terceirização sem limites, redução do horário de almoço, além do enfraquecimento dos Sindicatos ao permitir, por exemplo, a demissão em massa sem negociação”.

Outros itens importantes são a defesa do papel dos bancos públicos, que estão sendo desmontados pela atual administração e a defesa dos empregos diante do impacto das novas tecnologias no setor financeiro.

Participaram 332 delegados eleitos em assembleias realizadas pelos sindicatos e nas conferências regionais preparatórias. 

 

Lucro dos bancos – Mesmo caminhando para o terceiro ano de recessão econômica, o lucro dos bancos segue batendo recorde. Somente no primeiro trimestre de 2017, o líquido dos seis maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco, Safra e Santander), atingiu a marca de R$ 17,6 bilhões, o que representou aumento de 30% que o mesmo período de 2016.

“O setor que mais lucra no país não pode utilizar a precarização das condições de trabalho para reduzir seus custos e aumentar lucros bilionários com base em prejuízos para a categoria e para os clientes”, diz Ivone Silva.

 

 

Cecilia Negrão

Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

(11) 99610-5594

[email protected]

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