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Chapéu
Paralisação de 24h

23 mil trabalhadores da Eletrobras param contra o desmonte

Linha fina
Mobilização desta terça-feria 17 é contrária às tentativas de privatização da empresa e de suas distribuidoras, e a favor da demissão do presidente da empresa, Wilson Ferreira Pinto Jr
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Foto: Federação Nacional dos Urbanitários/ Divulgação

Mesmo com a suspensão do leilão das seis distribuidoras da Eletrobras que estava marcado para 26 de julho, os trabalhadores mantiveram a paralisação de 24 horas programada para terça-feira 17.

A informação foi confirmada pelo vice-presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Nailor Gato. A reportagem é da Rede Brasil Atual

Em entrevista concedida ao jornalista Glauco Faria, o vice-presidente da FNU destacou que a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras continuará por conta das investidas do governo contra a suspensão, determinada por decisão liminar da 19ª Vara Federal do Rio de Janeiro e que tem como base outra liminar expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, que submete os processos de privatização à autorização do Congresso Nacional.

“O BNDES fez uma nota ao mercado dizendo que tinha suspendido o leilão marcado para o dia 26. No entanto, nós trabalhadores estamos fazendo essas ações em massa para que essa decisão se mantenha e o leilão seja adiado”, explicou Nailor, em referência ao comunicado feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, divulgado após a decisão judicial.

O governo deve tentar, em agosto, seguir com o processo de venda das seis distribuidoras de energia elétrica por meio da aprovação do Projeto de Lei (PL) 77/2018, a ser votado no Senado Federal. “Por isso essa nossa luta toda no dia de hoje e, caso se mantenha esse leilão, nós trabalhadores das distribuidoras temos uma mobilização de 48 horas já deliberada em assembleia”, afirma o membro da FNU, antecipando uma possível próxima paralisação.

Para este Dia Nacional de Luta contra a Privatização do Sistema Eletrobras, que conta com a adesão de cerca de 23 mil pessoas, segundo a organização, os eletricitários seguem em defesa do fortalecimento do setor elétrico estatal e contra as tentativas de privatização da empresa e de suas distribuidoras. A mobilização também pede a demissão do presidente da companhia, Wilson Ferreira Pinto Jr., apoiados em uma campanha que já dura mais de 40 dias.

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