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Chapéu
Todos no Dia do Basta

Agricultura familiar, um modelo de vida sustentável ameaçada

Linha fina
Em 25 de julho comemora-se o Dia Internacional da Agricultura Familiar. No Brasil, ela é responsável por 70% do que chega à mesa da população, mas governo Temer prejudica sua produção e até sua existência. Contra essas e outras medidas do golpe: todos no Dia do Basta
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Foto: Albino Oliveira/ ASCOM SEAD

Em 25 de julho comemora-se o Dia Internacional da Agricultura Familiar. A data é resultado dos debates promovidos em 2014 pelo Ano Internacional da Agricultura Familiar, definido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para aumentar na sociedade a conscientização e o entendimento dos desafios que os agricultores enfrentam, como também ajudar a identificar maneiras eficientes de apoiá-los.

A reportagem é do Portal CUT

Para a FAO, a agricultura familiar é uma forma de classificar a produção agrícola, florestal, pesqueira, pastoril e aquícola que é gerida e operada por uma família que depende principalmente de mão de obra familiar, incluindo tanto mulheres, como homens. Além disso, contribui para a erradicação da fome e da pobreza, para a proteção ambiental e para o desenvolvimento sustentável.

“Não dá para pensar em Desenvolvimento Sustentável para o país e não pensar no campo. Pela importância que tem o campo na questão cultural, da produção e reprodução da vida no jeito de produzir da agricultura familiar”, explicou a vice-presidenta da CUT, Carmen Foro.

Para Carmen, que também é agricultora no Pará, a agricultura familiar é um modo de vida, é uma produção que envolve membros da família e precisa ter a presença do Estado para garantir com que a população e as famílias tenham condições de viver no campo e continuar garantindo a soberania alimentar.

“Para isso é preciso que lá tenha estrada, energia, escola, postos de saúde, crédito, assistência técnica e políticas públicas de incentivo à produção de alimentos. É um conjunto de questões que se articulam. Queremos viver no campo e produzir, mas com qualidade de vida”, afirma a dirigente.
 
No Brasil, 70% dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros são produzidas pela agricultura familiar. Dentro da cadeia produtiva nacional, o pequeno agricultor abastece o mercado brasileiro com mandioca, feijão, carne suína, leite, carne de aves e milho, dentre outros.

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Governo Temer e a decadência na agricultura familiar

Além de acabar com o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), no último dia 26 de junho, Temer ainda anunciou R$ 31 bi para o Plano Safra, no entanto a execução do orçamento, (LOA), de 2018, chega a zero em vários programas fundamentais como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Família (Pronaf), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, a política habitacional Minha Casa Minha Vida no campo, entre outras. E ainda não assentou nenhuma família em 2017, ou seja, total paralisação das políticas de reforma agrária, considerando que no país ainda existem 130 mil famílias vivendo debaixo da lona.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 4,4 milhões de famílias agricultoras, o que corresponde a 84% dos estabelecimentos agropecuários do país e responde por aproximadamente 33% do valor total da produção do meio rural. Além disso, emprega pelo menos 5 milhões de famílias no Brasil.

10 de agosto: Dia Nacional do Basta

Para dar um basta aos desmandos do governo ilegítimo de Temer e as privatizações do patrimônio público brasileiro, como a venda da Eletrobras, Petrobras, Embraer e Braskem, a CUT e demais centrais sindicais realizarão o Dia do Basta, em 10 de agosto, com paralisações, atrasos de turnos e atos nos locais de trabalho e nas praças públicas de grande circulação de todo o País.

O Dia do Basta também é de protesto contra a prisão política do ex-presidente Lula. Em São Paulo, o protesto será na Avenida Paulista, na altura do nº1313, em frente à Fiesp, a partir das 10h da manhã. Confira orientações da CUT.

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