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Chapéu
Marcha das Mulheres Negras

Ato pede fim do extermínio e da omissão do Estado

Linha fina
Em São Paulo, protesto abriu espaço para diversas vozes que expuseram a luta contra o racismo e o machismo, além da resistência cotidiana
Imagem Destaque
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Pelo fim da violência do Estado e pela criação e acesso a políticas públicas, mulheres negras ocuparam o centro do capital paulista, marcando também o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. O ato realizado na quarta-feira 25, pela Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, foi acompanhado por outros diversos coletivos feministas que puderam intervir com relatos que expiseram as condições de vulnerabilidade impostas pela estratificação social.

A reportagem é da Rede Brasil Atual e da TVT.

Diversos cartazes expressavam o pedido de basta de negligência e violência de Estado contra a população negra. O cortejo também contou com a participação do bloco Afro Ilú Oba de Min, que acompanhou o ato desde a saída da Praça Roosevelt até o Largo do Paissandu, onde o Grupo de Jongo Filhos da Semente fez o encerramento da marcha, por volta das 22h.

“É uma coisa necessária, nosso grito de independência. É a nossa voz diante do Estado dizendo que nós lutamos e vamos cobrar uma postura pelas mulheres pretas”, afirmou a pedagoga Ana Paula Nere, ao Seu Jornal, da TVT. No manifesto publicado pela organização, que levantou uma série de bandeiras, um dos pontos criticados pelo movimento foi a Emenda Constitucional 95, que congela investimentos em políticas sociais pelos próximos 20 anos.

A presidenta da organização Geledés Instituto da Mulher Negras, Maria Sylvia, explicou à jornalista Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual, que a aprovação da lei do teto de gastos evidencia como as ações de violência contra a população afro não se dão apenas de forma física, mas por meio de medidas como esta.

Diante de tantos direitos violados, a comunicadora Luanda Teixeira reafirmou a Marcha das Mulheres Negras como espaço de acolhimento das questões sociais enfrentadas. "Esse momento aqui é um momento de protagonismo, em que a gente tem a fala e consegue colocar a nossa voz e a cara para esse movimento."

Assista à reportagem da TVT

 

 

 

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