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Chapéu
Mais cortes

Comunidade científica articula reação a cortes no financiamento de pesquisas

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O teto dos gasto atingirá também os bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Manifestantes cobram ainda mais orçamento para educação, ciência e tecnologia e a revogação da emenda do teto de gastos
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Foto: TV Brasil/EBC/Reprodução

Entidades de pesquisadores e pós-graduandos realizam protesto para pressionar o governo federal contra cortes no financiamento do setor de pesquisas. O Ato será na terça-feira 14, no Ministério do Planejamento, em Brasília.

A reportagem é da Rede Brasil Atual.

Mobilização da comunidade tem como base o anúncio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), divulgado na quinta-feira 9, que alerta para o encolhimento do orçamento em 2019, que pode ser reduzido a R$ 800 milhões, ante o R$ 1,2 bilhão do orçamento deste ano.

Segundo a carta aberta do presidente do CNPq, o professor Mario Neto Borges, o corte de 33% limitará a abertura de novos editais. A redução no repasse de recursos também afetará a Financiadora de Inovação e Projetos (Finep), que teve disponível para este ano o valor de R$ 1,6 bilhão, mas tem previsão de aproximadamente R$ 700 milhões para o próximo ano.

Está já é a terceira agência financiadora de pesquisa que sofre ameaças de cortes. No início do mês, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), também passou pela possibilidade de revisão do orçamento, mas teve suas bolsas garantidas pelo Ministério da Educação

Mesmo com recuo de Temer, segue pressão para evitar cortes de bolsas da Capes

Em entrevista à repórter Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual, pesquisadores analisam que os cortes, além de impedir o desenvolvimento da pesquisa no país, agravam a situação de bolsistas e preocupa pelos reflexos na economia brasileira, como cita o presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), Marcos Buckeridge.

"Nós vamos ter um efeito, nos próximos cinco anos, que depois será preciso 30 anos para curar. Não dá para você desenvolver um novo parque científico, novamente, em apenas cinco anos", analisa o presidente da Aciesp. 

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