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Chapéu
Campanha 2018

PLR menor para bancárias em licença-maternidade é discriminação

Linha fina
Proposta dos banqueiros só aumentaria desigualdade entre homens e mulheres nas instituições financeiras
Vídeo Youtube

Atualização: a pressão da categoria e do Comando Nacional dos Bancários, em mesa de negociação, deu resultado. A Fenaban recuou da proposta de não pagar PLR integral para mulheres em licença-maternidade. Negociação continua. CLIQUE AQUI e saiba mais. 

Ao invés de promover uma política de igualdade salarial entre homens e mulheres nas instituições financeiras, a Federação dos Bancos (Fenaban) propõe, em plena Campanha Nacional dos Bancários 2018, pagar Participação nos Lucros e Resultados (PLR) menor para as bancárias que entrarem em licença-maternidade.

> Bancos propõem pagar PLR menor às mães em licença-maternidade 

Vivian Sá, mãe dos gêmeos Tito e Nina, de 7 meses, ressalta a importância de retornar ao trabalho com todos os direitos garantidos. Bancária da Caixa e dirigente sindical, ela acrescenta que medidas discriminatórias como essa só ampliariam as diferenças nos locais de trabalho e ainda prejudicariam o planejamento no âmbito familiar.

“As mulheres são discriminadas e já ganham menos. Não vamos aceitar retrocessos como esse. A mãe já tem que pensar em um planejamento familiar, porque têm dificuldade em seu local de trabalho de acessar os cargos superiores por terem filhos. É muito importante para mãe que sai para cuidar da sua família que, ao retornar ao trabalho, tenha todos os direitos garantidos”, afirma Vivian Sá. “A gente vem discutindo os direitos das mulheres para uma sociedade justa e igualitária”, completou.

Enquanto isso, bancos batem recordes de lucro

Em 2017, os cinco maiores bancos que atuam no país (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa), que empregam em torno de 90% da categoria, lucraram juntos R$ 77,4 bilhões, aumento de 33,5% em relação a 2016. Só no primeiro trimestre deste ano, eles já atingiram R$ 20,3 bi em lucro, 18,7% a mais do que no mesmo período de 2017.

E os balanços do semestre já divulgados pelo ItaúBradescoSantanderBB e Caixa apontam que o ritmo de crescimento se manterá. De janeiro a junho, a soma dos lucros dos cinco já alcançou R$ 41,9 bilhões, um crescimento de 17,8% em relação ao primeiro semestre de 2017.

 

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Saiba como foram as negociações com a Fenaban

> 1ª rodada: Bancos frustram na primeira rodada de negociação
> 2ª rodada: Calendário de negociações foi definido
> 3ª rodada: Categoria adoece, mas Fenaban não apresenta proposta 
> 4ª rodada: Em mesa de emprego, bancos não se comprometem contra contratações precárias
> 5ª rodada: Bancos não apresentam proposta
> 6ª rodada: Bancos lucram bilhões e não querem dar aumento real
> 7ª rodada: Negociação com Fenaban continuará na terça-feira 21
> 8ª rodada: Bancos propõem reajuste insuficiente, com retirada de direitos
 

 

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