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Bancários participam de ato em São Paulo nesta quinta (22) contra retirada de direitos

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Categoria fortalece greve e manda recado para os bancos: é hora de construir saída e parar de prejudicar trabalhadores e sociedade
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Os bancários, em greve há 17 dias, participam nesta quinta-feira (22) da paralisação nacional contra a retirada de direitos, rumo à greve geral. Um grande ato será realizado a partir das 16h, no vão livre do Masp (Avenida Paulista, 1.578).

“Essa mobilização nacional dialoga com as nossas reivindicações. Também estamos lutando por emprego e pelo direito à aposentadoria. Vamos continuar nossa greve forte e nos unir todos os trabalhadores contra a tentativa de retirada de direitos do governo Temer com essa Reforma da Previdência, terceirização ilimitada e aumento de jornada. Por nenhum direito a menos”, disse disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Nesta quinta-feira 22, 17º dia de greve, empregados de bancos públicos e privados paralisam os maiores centros administrativos dos grandes bancos. Além de centenas de agências nas principais regiões de São Paulo e Osasco, estão fechados o Ceic e o CA Brigadeiro do Itaú; o Prime da Paulista e a Cidade de Deus do Bradesco; a Torre do Santander; a Superintendência do BB e o prédio da Caixa na Paulista.

Ato - Às 15h, trabalhadores e militantes de várias categorias profissionais iniciarão concentração em frente ao Vão Livre do Masp. Às 16h, haverá um ato público com todas as categorias profissionais que vão participar do Dia de Paralisação.

Greve - Data-base dos bancários é 1º de setembro. A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 09 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve acordo para o índice de reajuste e demais reivindicações. No dia 30/08 os bancos apresentaram proposta com reajuste de 6,5% com R$3.000 de abono para os trabalhadores. Categoria, após assembleias realizadas em todo o país no dia 01/09, rejeitou proposta e greve teve início no dia 06/09. A segunda proposta aconteceu no dia 09/09, com reajuste de 7% (com 2,39% de perda salarial) e abono de R$3.300, rejeitada na mesa de negociação. Outras duas reuniões: 13 e 15/09 não houve mudança na proposta.

Direito de greve - O direito de greve está previsto na Constituição Federal e prevê algumas exigências, como a publicação de aviso de greve em jornal de grande circulação. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve (por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas). Essas determinações da lei foram rigorosamente seguidas pelo Sindicato. Para o empregador, a Lei de Greve proíbe a dispensa de trabalhadores ou a contratação de funcionários substitutos durante o período de paralisação.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Representa trabalhadores dos bancos públicos e privados que atuam nos seguintes municípios: São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.

Nos últimos doze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2015 de 20,85% e 42,1% no piso.

 

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