Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Cansaço ao extremo

Exploração se intensifica no BTG Pactual

Linha fina
Imposição de férias com 20 dias de duração se soma a jornadas exaustivas que chegam a 16 horas diárias e trabalho aos sábados
Imagem Destaque
Imagem: Freepik

São Paulo – O BTG atualizou seu programa de exploração dos empregados. Além de jornadas exaustivas que chegam a 16 horas diárias e trabalhos aos sábados sem pagamento de hora extra, o banco agora está determinando que os funcionários cumpram apenas 20 dias de férias.  O Sindicato vem denunciando desde dezembro do ano passado a variedade de abusos e desrespeitos a que são submetidos os bancários do BTG.

No começo do ano, dirigentes reuniram-se com representantes da empresa a fim de cobrar o fim da extrapolação de jornada por meio da instalação de ponto eletrônico. Os integrantes do RH alegaram que o banco não paga hora extra porque “remunera bem seus funcionários” e que as jornadas extenuantes fazem parte da “cultura profissional” do BTG, e que mudar essa política é difícil.

Na mesma reunião, apresentaram algumas medidas que seriam tomadas: escalonamento das equipes e novas contratações; organização de escalas com pagamento de adicional; treinamento de gestores. Solicitaram um prazo de três meses para implantá-las e se comprometeram a informar os funcionários a respeito das mudanças que seriam efetivadas.

Passado o prazo, nada mudou e o Sindicato novamente cobrou. Na segunda reunião, ocorrida em 8 de junho, os representantes do banco deram as mesmas desculpas, apresentaram propostas idênticas e pediram novamente prazo de 90 dias para implantá-las.

Como as práticas persistiram, em agosto o Sindicato deflagrou protestos diante da sede do BTG.

“Os desrespeitos não só continuam, como a variedade de abusos aumentou e agora a direção quer retirar ainda mais direitos ao impor férias de 20 dias, em uma prévia do que virá quando a reforma trabalhista entrar em vigor, em novembro”, protesta a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro. Uma das mudanças da nova legislação será o parcelamento das férias em até três vezes ao ano. Mas os trabalhadores continuarão tendo direito a 30 dias de descanso ao ano.

“O Sindicato é contra esse desmonte trabalhista e estamos na luta para reverter todo esse estrago promovido pelo governo Temer”, ressalta a dirigente. Uma das iniciativas é a Campanha Pela Anulação da Reforma Trabalhista, que vai coletar 1,3 milhão de assinaturas para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular que propõe a revogação das mudanças na lei, previstas para entrar em vigor no próximo dia 11 de novembro. O abaixo-assinado foi proposto pela CUT e movimentos sociais.

Os bancários também podem denunciar ao Sindicato  abusos dos bancos pelo 3188-5200, entrando em contato pelo SAC via WhatsApp: (11) 97593-7749 ou acessando Assuma o Controle. O sigilo é absoluto.

seja socio