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Chapéu
Santa Ifigênia

Mulheres fazem manifestação em defesa da aposentadoria

Linha fina
Em ato em frente ao INSS, no centro de São Paulo, trabalhadoras também denunciaram parlamentares traidores e colheram assinatura para emplacar um Plip que anularia a reforma trabalhista
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Foto: Roberto Parizotti / CUT

São Paulo - As mulheres da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de outras centrais sindicais fizeram barulho para denunciar o fim da aposentadoria previsto pela reforma da Previdência. O protesto ocorreu no viaduto Santa Ifigênia, em frente ao INSS, no centro da cidade de São Paulo.

"A reforma da Previdência vai acabar com a aposentadoria e vai prejudicar ainda mais a vida das mulheres, que tem dupla e tripla jornada. As mulheres trabalham cinco horas a mais que os homens por semana e não podemos permitir que se aposentem com a mesma idade que eles", criticou a secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT, Juneia Martins Batista, em reportagem da CUT, . 

A proposta da reforma da Previdência do governo ilegítimo de Michel Temer acaba com a aposentadoria por idade, e para receber o valor integral do benefício, será necessário trabalhar ininterruptamente por quase meio século.

"O projeto de 'contrarreforma' desconsidera a realidade vivida pelas mulheres, negras, professoras e as trabalhadoras rurais, que estão nas funções mais precárias, trabalham sobre chuva e sol, começam a trabalhar muito cedo e na primeira crise ou corte, somos nós que demitem primeiro", concluiu Junéia 

Plip - As mulheres também denunciaram os parlamentares que votaram a favor da reforma trabalhista colocando a cara de cada um deles num varal pregado na ponte. Também colheram assinatura para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip) que visa anular a lei criada a partir da reforma, marcada para entrar em vigor no dia 11 de novembro.

Foto: Roberto Parizotti


"A campanha "anulareforma" foi aprovada no Congresso Extraordinário da CUT e o objetivo é colher um milhão e trezentas assinaturas e levar até o Congresso Nacional em Brasília. É possível revogar e a gente está trabalhando pra isso", disse a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT São Paulo, Marcia Viana. 

O ato foi organizado pelo Forum Nacional das Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT), com participação, além da CUT, de representantes da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Força Sindical.

 

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