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Chapéu
Debate

Caixa 100% pública, forte e social depende do futuro do país

Linha fina
Participantes do seminário realizado pela Fenae e pelas Apcefs definiram ações para esclarecer empregados e sociedade sobre a importância do banco e das eleições deste ano
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Foto: Fenae

Defender a função exercida pela Caixa Econômica Federal no processo de desenvolvimento social e econômico do país e firmar posição pela manutenção do caráter 100% público durante o processo eleitoral. Esse foi o compromisso assumido no encerramento do seminário “Futuro da  Caixa, Cenários e Desafios”, realizado na quinta 13, em Brasília (DF), e que reuniu empregados da ativa e aposentados do banco, representantes de sindicatos, entidades do movimento associativo e de organizações populares de defesa da moradia e da reforma urbana.

Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae, adiantou que todo o material técnico apresentado durante o evento será disponibilizado às entidades em uma publicação específica, e que a Fenae apoiará as Apcefs e outras entidades para que a mesma discussão seja levada aos estados. “Não é o caso de defender um candidato ou outro, mas esclarecer o que está em jogo: uma visão privatista, do Estado mínimo, ou uma visão da nossa instituição como indutora do desenvolvimento, da redução das desigualdades regionais e nacionais”, salientou.

Ainda de acordo com Jair Ferreira, é preciso que trabalhadores do banco e sociedade se unam para defender a empresa. “Temos que fazer uma grande mobilização em defesa da Caixa, sim, mas sobretudo do seu papel social e estratégico para as políticas públicas inclusivas. E para isso precisamos ter muita clareza de quem defende sua privatização ou sua valorização como empresa pública”, acrescentou.

Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa e diretora da Fenae, lembrou que a empresa vem perdendo as características de banco público, por conta do desmonte promovido pelo governo Temer visando a privatização. Recursos como o FGTS já estão na mira dos grandes bancos, e a empresa já vem diminuindo o investimento da poupança no setor habitacional, por exemplo.

“Nós conseguimos, com muita luta, até o momento, manter a empresa íntegra, e isso é uma vitória, diante da perspectiva sombria que tínhamos, com fechamento de agências e PDVs. Mas o futuro da Caixa dependerá fundamentalmente do resultado das urnas. Qual a Caixa queremos para o país?” questionou Rita Serrano.

Desafios para a Caixa

Durante o seminário em Brasília, Felipe Miranda, economista do Dieese que atua na subseção da Fenae, apresentou uma análise sobre os cenários e desafios relacionados à Caixa. Segundo ele, está ocorrendo uma retração na atuação do banco. Em relação aos investimentos da poupança no setor habitacional, a quantidade média de unidades contratadas caiu 46,1% entre agosto de 2016 e agosto de 2017 e setembro de 2017 a julho de 2018.

Também houve queda em dados como execução orçamentária do FGTS pela Caixa e em programas como o Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família.

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