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BRB é condenado por assédio moral

Linha fina
Ex-gerente foi assediada depois de ter prestado depoimento à PF em inquérito que investigava denúncias
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São Paulo – O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou o Banco Regional de Brasília (BRB) a pagar indenização por assedio moral, no valor de R$ 250 mil, a uma ex-gerente. A bancária comprovou na Justiça que passou a ser perseguida depois que prestou depoimento à Polícia Federal em inquérito que apurava suposto desvio de dinheiro do Instituto Candango de Solidariedade (ICS) para campanhas eleitorais.

Ela foi chamada pela PF no início de 2003 devido ao fato de gerenciar a Agência JK, onde o ICS e outras duas empresas envolvidas (Adler e Linknet) tinham conta. Logo em seguida o jornal O Globo publicou matéria sobre possível cassação do então governador do DF, Joaquim Roriz, com informações sobre seu depoimento.

O banco então abriu sindicância por entender que a funcionária havia vazado informações sigilosas de clientes, mas a auditoria interna concluiu que não houve quebra de sigilo bancário. Mesmo assim, em abril de 2003 ela foi afastada da agência e lotada em um setor onde “realizava tarefas divorciadas do cargo de gerente e sem contato humano”, como relatou no processo. Além disso, o banco rejeitou sua candidatura para compor o conselho do Regius, fundo de previdência privada do BRB.

A bancária passou a sofrer de depressão e entrou diversas vezes em licença médica, ela atribui o adoecimento psicológico a um “grave estado de tensão e estresse”, agravado pelo “isolado e hostil ambiente de trabalho”. Acabou aderindo ao plano de desligamento voluntário do banco.


Redação, com informações do TST - 28/10/2014

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