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Agências de negócios lesam clientes e bancários

Linha fina
Ao transformar unidades convencionais em agências de negócios, Santander discrimina usuários e coloca em risco a vida de clientes e funcionários
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Felipe Rousselet, Redação Spbancarios
27/10/2016


São Paulo – A iniciativa do Santander de transformar parte de suas agências convencionais em unidades voltadas para negócios, as chamadas “agências de negócios”, está prejudicando seriamente o atendimento à população e colocando em risco a segurança de bancários e clientes.

A medida extingue todos os caixas das unidades e retira desses locais vigilantes e portas giratórias, arriscando assim a vida de funcionários e clientes. Diante da grave situação, decorrente de decisão unilateral da direção do banco espanhol, o Sindicato realiza na quinta-feira 27 protestos em todas as agências transformadas em unidades de negócios e também nas regionais responsáveis pelas mesmas.    

“O Santander seleciona clientes potenciais para agências de negócios, e a população fica sem atendimento. É um absurdo que um banco estrangeiro, portador de concessão pública, tenha uma postura tão discriminatória. Essa estratégia está incluída no plano equivocado de corte de custos do presidente Sérgio Rial. Ao invés de prejudicar funcionários e clientes, o banco deveria reduzir os ganhos milionários dos seus altos executivos. Só com tarifas cobradas dos clientes, receita que teve crescimento de 11,9% em 12 meses, o Santander cobre 152% das suas despesas com pessoal”, critica o dirigente sindical e funcionário do Santander André Camorozano.  

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Segurança – Dentro do mesmo contexto de redução de custos, o Santander extinguiu a função dos vigilantes que cobriam o horário do almoço, conhecidos como “almocistas”, obrigando vigilantes permanentes a almoçarem antes da abertura da agência, às 9h, ou após o fechamento. Entretanto, em recente decisão judicial, o Tribunal Regional do Trabalho determinou que o banco respeite o horário de descanso intrajornada dos vigilantes, sob pena de multa diária no valor de R$ 1.000 por trabalhador.  

“O Sindicato cobra do Santander que assegure atendimento adequado para a população e garanta a segurança de clientes e bancários em todas as suas unidades. Além disso, o banco espanhol tem obrigação de cumprir a decisão judicial que determinou o almoço dos vigilantes em horário adequado, respeitando a dignidade desses trabalhadores”, conclui o também dirigente sindical e funcionário do Santander Roberto Paulino.
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