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Bancos privados e BB decidem pelo fim da greve em assembleia em São Paulo; Caixa decide manter

Linha fina
Cerca de cinco mil trabalhadores participaram das três assembleias (BB, Caixa e privados) em SP; Bancários dos bancos privados e BB voltam ao trabalho nesta sexta-feira (07) após 31 dias de greve
Imagem Destaque
São Paulo - Os bancários dos bancos privados e Banco do Brasil decidiram em assembleia nesta quinta-feira  (06) pelo fim da greve em São Paulo, Osasco e 15 municípios da região. Bancários da Caixa Econômica Federal decidiram manter a greve, que representa 6% na nossa base.

A Fenaban apresentou nesta quarta-feira (05) ao Comando Nacional dos Bancários acordo com validade de dois anos. Em 2016 a categoria vai receber reajuste de 8% e abono de R$3.500. O vale  refeição e o auxílio creche-babá serão reajustados em 10% e o vale alimentação em 15%. Em 2017 haverá a correção integral no INPC acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.

A greve dos bancários completa nesta quinta-feira 31 dias. Também foi conquistado abono de todos os dias parados.

“Fizemos uma greve forte e vitoriosa. Em um ambiente de alta incerteza política e econômica e ataque aos direitos dos trabalhadores, a categoria garantiu ganho real em 2017 e para este ano manteve a valorização em itens importantes como vale alimentação, refeição e auxilio creche”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Licença paternidade - A extensão da licença paternidade (20 dias) entrará na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), com validade a partir da definição do  benefício fiscal pelo governo.

PLR – A regra básica da Participação nos Lucros e Resultados será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.183,53. Assim, a parte fixa foi reajustada em 8%. A regra determina ainda que devem ser distribuídos no mínimo 5% do lucro líquido. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários. Além disso, há a parcela adicional da PLR que corresponde a 2,2% do lucro dividido igualmente entre os bancários, com teto de R$ 4.367,07, também reajustado em 8%.
Emprego – Outro avanço é a criação de um grupo de trabalho para analisar critérios de realocação e requalificação, cujas regras serão estabelecidas entre bancos e o Comando Nacional dos bancários. “Esse é um importante avanço para a categoria, um espaço para debater o fim das demissões causadas pela rotatividade nos bancos”, explica Ivone Silva, secretária geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. “Só a luta garante avanços e os bancários, mais uma vez, mostraram a força da mobilização.”

Mobilização - Data-base dos bancários é 1º de setembro. A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 09 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve acordo para o índice de reajuste e demais reivindicações. No dia 30/08 os bancos apresentaram proposta com reajuste de 6,5% com R$3.000 de abono para os trabalhadores. Categoria, após assembleias realizadas em todo o país no dia 01/09, rejeitou proposta e greve teve início no dia 06/09. A segunda proposta aconteceu no dia 09/09, com reajuste de 7% (com 2,39% de perda salarial) e abono de R$3.300, rejeitada na mesa de negociação. Outras duas reuniões: 13 e 15/09 não houve mudança na proposta. No dia 27/09 houve proposta da Fenaban para novo modelo de acordo para a categoria, com validade para dois anos.  No dia 28/09 nova proposta de reajuste 7% e abono de R$ 3.500, com aumento real de 0,5% para 2017, o que representa perda real de 1,9%. No dia 05/10 foi feita proposta de reajuste de 8% e abono de R$3.500 O vale  refeição e o auxílio creche-babá serão reajustados em 10% e o vale alimentação em 15% (2016). Em 2017 haverá a correção integral no INPC acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Representa trabalhadores dos bancos públicos e privados que atuam nos seguintes municípios: São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.

Campanha Nacional Unificada 2016:
Proposta Federação Nacional dos Bancos (Fenaban): dia 05/10
Este ano a categoria receberia reajuste de 8% e abono de R$3.500. O vale  refeição e o auxílio creche-babá serão reajustados em 10% e o vale alimentação em 15%. Em 2017 haverá a correção integral no INPC acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e benefícios.

Como é hoje:
Piso escritório após 90 dias - R$1.976,10
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.669,45
PLR – Regra básica: 90% do salário + 2.021,79 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 4043,58
Auxílio-refeição: R$ 29,64 por dia
Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 491,52
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 394,70

O que muda:
Piso escritório após 90 dias - R$2.134,19
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.883,01
PLR – Regra básica: 90% do salário + 2.183,53 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 4.367,07
Auxílio-refeição: R$32,60 por dia ou R$ 717,29 (mensal)
Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 565,25
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 434,17
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