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Fenaban propõe reajuste de 8% nos salários e 15% no vale alimentação e aumento real em 2017

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Em São Paulo, os trabalhadores fazem assembleia na quinta-feira (06) às 17h para decidir se aprova a proposta e encerra a greve; Comando Nacional vai indicar aprovação
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Em reunião com bancos e o Comando Nacional dos Bancários, nesta quarta-feira (05), a categoria recebeu nova proposta para um acordo com validade de dois anos.

Este ano a categoria receberia reajuste de 8% e abono de R$3.500. O vale  refeição e o auxílio creche-babá serão reajustados em 10% e o vale alimentação em 15%. Em 2017 haverá a correção integral no INPC acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.

No emprego, avançamos na formação de um Grupo de Trabalho (GT) com pauta e prazos pré-definidos de requalificação de bancários e critérios de realocação, para evitar as demissões na categoria.

Outro avanço foi a garantia de que não haverá compensação dos 30 dias parados durante a greve.

“Fizemos uma greve forte e, em um ambiente de alta incerteza política e econômica, a categoria garantiu ganho real em 2017 e para este ano manteve a valorização em itens importantes como vale alimentação, refeição e auxilio creche. Garantimos também a não compensação dos dias parados e o Comando vai orientar a aprovação nas assembleias”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Assembleia – Em São Paulo, a assembleia acontece nesta quinta-feira (06), às 17h, na quadra dos Bancários.

Licença paternidade - A extensão da licença paternidade (20 dias) entrará na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), com validade a partir da definição do  benefício fiscal pelo governo.

PLR – A regra básica da Participação nos Lucros e Resultados será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.183,53. Assim, a parte fixa foi reajustada em 8%. A regra determina ainda que devem ser distribuídos no mínimo 5% do lucro líquido. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários. Além disso, há a parcela adicional da PLR que corresponde a 2,2% do lucro dividido igualmente entre os bancários, com teto de R$ 4.367,07, também reajustado em 8%.
Balanço - Um balanço feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região mostra que 727 locais de trabalho, sendo 24 centros administrativos e 703 agências fecharam nesta quarta-feira (30), trigésimo dia de greve dos bancários, na base do Sindicato (São Paulo, Osasco e Região). Estima-se que mais de 42 mil trabalhadores participaram das paralisações.

Mobilização - Data-base dos bancários é 1º de setembro. A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 09 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), não houve acordo para o índice de reajuste e demais reivindicações. No dia 30/08 os bancos apresentaram proposta com reajuste de 6,5% com R$3.000 de abono para os trabalhadores. Categoria, após assembleias realizadas em todo o país no dia 01/09, rejeitou proposta e greve teve início no dia 06/09. A segunda proposta aconteceu no dia 09/09, com reajuste de 7% (com 2,39% de perda salarial) e abono de R$3.300, rejeitada na mesa de negociação. Outras duas reuniões: 13 e 15/09 não houve mudança na proposta. No dia 27/09 houve proposta da Fenaban para novo modelo de acordo para a categoria, com validade para dois anos.  No dia 28/09 nova proposta de reajuste 7% e abono de R$ 3.500, com aumento real de 0,5% para 2017, o que representa perda real de 1,9%.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Representa trabalhadores dos bancos públicos e privados que atuam nos seguintes municípios: São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri, Caucaia do Alto, Cotia, Embu, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.

Nos últimos doze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2015 de 20,85% e 42,1% no piso.

Campanha Nacional Unificada 2016:
Proposta Federação Nacional dos Bancos (Fenaban): dia 05/10
Este ano a categoria receberia reajuste de 8% e abono de R$3.500. O vale  refeição e o auxílio creche-babá serão reajustados em 10% e o vale alimentação em 15%. Em 2017 haverá a correção integral no INPC acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e benefícios.

Como é hoje:
Piso escritório após 90 dias - R$1.976,10
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.669,45
PLR – Regra básica: 90% do salário + 2.021,79 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 4043,58
Auxílio-refeição: R$ 29,64 por dia
Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 491,52
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 394,70

O que muda se a proposta for aprovada em assembleia:
Piso escritório após 90 dias - R$2.134,19
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.883,01
PLR – Regra básica: 90% do salário + 2.183,53 (podendo chegar a 2,2 salários) e parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 4.367,07
Auxílio-refeição: R$32,60 por dia ou R$ 717,29 (mensal)
Auxílio cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 565,25
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 434,17


Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região -
(11) 99610-5594
[email protected]

 

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