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Temer não sabe nada do Banco do Brasil

Linha fina
Em entrevista à imprensa tradicional, presidente fala mal do BB e dos bancários para poder justificar seus planos de privatização
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Redação Spbancarios
14/10/2016


São Paulo – O presidente Michel Temer deu mais mostras de que não conhece os problemas do país, tampouco o Banco do Brasil. Em entrevista à imprensa tradicional, em jornal da GloboNews na quinta-feira 13, Temer defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela investimentos sociais por 20 anos, e citou o noticiário em torno do BB, com rumores de um possível desligamento de funcionários de grandes proporções. “Ainda hoje, a imprensa registra um número infindável de contratações no Banco do Brasil. O Banco do Brasil está pensando em cortar uma porção de funções, de cargos que lá existem, que são absolutamente desnecessários”, disse.

O depoimento, mais um a referendar os planos de privatizações e de enfraquecimento do setor público desse governo, causou mal-estar entre os funcionários do BB.

“Temer quer justificar as privatizações que pretende fazer, desqualificando o banco e os bancários. Não vamos aceitar! Acha que fazendo isso conseguirá aceitação para o seu plano de governo, que jamais seria eleito”, critica o diretor executivo do Sindicato, Ernesto Izumi. 

"O BB teve um papel importante em expandir o crédito após a crise bancária de 2008 que começou nos EUA. É fundamental para o crédito agrícola e vem ganhando espaço no crédito imobiliário. Além disso, desempenha papel relevante no Pronaf e outras linhas que ajudam o Brasil a se desenvolver. Nós, funcionários do BB, estamos em localidades aonde outros bancos não chegam, pois não há interesse financeiro. Realizamos pagamentos de benefícios de aposentadoria, de vale-aluguel, fazemos microcrédito produtivo orientado. O BB e a CEF ainda abrem contas para expatriados de países do Oriente Médio, da África e outras regiões em conflito. Isso dá trabalho, mas não podemos esquecer que o Brasil foi construído a partir da imigração de estrangeiros”, elenca o dirigente. “Reduzir o BB é o primeiro passo do governo no sentido de reduzir as atividades do banco junto à sociedade e enfraquecer o mesmo, para depois concluir sua privatização. Quem perderá é a sociedade. Os funcionários também perderão, pois se a sociedade entender que o BB não é necessário, seus empregos e seus direitos serão os próximos na linha. Vamos lutar contra isso!”

E aí, BB – Durante a assinatura do acordo aditivo específico com o Banco do Brasil, nesta quinta, a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e os sindicatos entregaram ofício aos representantes do banco cobrando explicações sobre um eventual plano de aposentadoria incentivada e de demissão voluntária, e também sobre um grande processo de reestruturação no BB.

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