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Chapéu
Desrespeito!

Falta de funcionários deixa Bradesco em estado de calamidade

Linha fina
Algumas agências, em especial na zona norte de São Paulo, operam com apenas um caixa e até mesmo gerentes estão atuando para tirar dúvidas no autoatendimento; Sindicato cobra realocações e mais contratações
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Foto: Mauricio Morais / Seeb-SP

São Paulo – Concluído no final de agosto, o PDVE do Bradesco teve adesão de aproximadamente 7.400 trabalhadores. Agora, agências de todo o país sentem as consequências do quadro defasado de funcionários. Os bancários da zona norte de São Paulo, por exemplo, estão sofrendo com a sobrecarga de trabalho, desvios de função e falta de segurança nas unidades.

“Visitei uma agência, no Jardim Filhos da Terra, periferia da zona norte de São Paulo, que operava com apenas um caixa. Com isso, o trabalhador não consegue nem mesmo ir ao banheiro; não pode nem se sentir mal. Até gerentes estão tirando dúvidas no autoatendimento, como pré-atendimento, em claro desvio de função. Com isso, ocupam o tempo que teriam para bater suas metas, acompanhar o trabalho administrativo, e ficam com o desempenho prejudicado. Esse não é um caso isolado. Se repete em diversas unidades”, relata o dirigente do Sindicato e bancário do Bradesco Marcos Amaral, o Marquinhos.

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“A falta de funcionários e estrutura adequada nas agências da periferia é prejudicial em todos os sentidos. Os bancários ficam sobrecarregados, estão sujeitos aos desvios de função e também sofrem com a insatisfação dos clientes, que enfrentam grandes filas. Além disso, em agências pequenas o grande movimento prejudica até mesmo a segurança de clientes e trabalhadores, uma vez que o excesso de pessoas no interior da unidade impede a visão dos seguranças”, acrescenta.

O Sindicato cobra do Bradesco, constantemente, mais contratações – especialmente após o encerramento do PDVE – e a realocação de bancários.

> PDVE finalizado, Sindicato cobra contratações

“É urgente a contratação de mais bancários para atender à demanda dessas agências, melhorar o atendimento e diminuir a sobrecarga. Além disso, é preciso que o banco efetive os Centros de Realocação e Requalificação Profissional, conquista da Campanha Nacional Unificada 2016 referendada em termo de compromisso pelo Bradesco no dia 25 de setembro. Ou seja, diante das mudanças tecnológicas, o Bradesco deve requalificar seus funcionários. Nada de demitir”, conclui o dirigente sindical. 

> Campanha de dois anos garante centro de realocação

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