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Chapéu
Não ao Desmonte

Sindicato protesta contra privatização de bancos públicos

Linha fina
Ato, na região central, lembrou da importância das instituições no fomento à agricultura familiar e teve distribuição de alimentos à população
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Foto: Seeb-SP

O Sindicato dos Bancários reforçou a importância dos bancos públicos para a economia brasileira em mais um ato contra o desmonte promovido pelo governo Temer e protestou contra a privatização dessas instituições. Na manhã desta terça-feira, em frente ao Complexo São João do Banco do Brasil, no centro de São Paulo, dirigentes sindicais e representantes da agricultura familiar lembraram principalmente do fomento ao setor por meio dessas instituições e alertaram a população sobre as consequências para a economia com a privatização desses bancos. Depois, alimentos foram distribuídos na região central da cidade.

“Este ato, em defesa do Banco do Brasil e dos direitos dos trabalhadores, é importante. A agricultura familiar responde por 70% dos alimentos que vão para a nossa mesa. E sem o Banco do Brasil, que é o maior financiador da agricultura no Brasil, sabemos que o preço dos alimentos aumentaria”, disse o diretor executivo do Sindicato e funcionário do BB Ernesto Izumi.

“O atual governo vem empreendendo esforços no sentido de enfraquecer o papel do Banco do Brasil como banco público. Não podemos aceitar que um governo transitório e ilegítimo venha lapidar esse patrimônio que a sociedade brasileira demorou 200 anos para consolidar”, complementou Fabiano Félix, conselheiro de administração do BB (Caref), eleito pelos funcionários.

Já José Justino, o Zezinho, da Federação da Agricultura Familiar (FAF) de São Paulo, lembrou que é essencial envolver bancários, agricultores e sociedade na luta para que os bancos públicos não sejam privatizados e enfraquecidos. “O desmonte do Banco do Brasil é também a extinção da nossa soberania alimentar. Quem produz alimento somos nós, e o BB é o maior banco estatal de fomento à agricultura social”, declarou.

O ato desta terça-feira também foi de luta contra a reforma trabalhista e o fim dos direitos conquistados ao longo de décadas pelos trabalhadores, conforme lembrou Renato Perez, dirigente do Sindicato e bancário da Caixa. “O Sindicato está mobilizado, junto a todos os sindicatos do Brasil e junto à Contraf, e tem feito todas as semanas atos contra a privatização dos bancos públicos - da Caixa, do Banco do Brasil e dos bancos estaduais que ainda restam. Além disso, estamos com as centrais, junto com a CUT, fazendo um abaixo-assinado contra a reforma trabalhista. Precisamos muito fazer um enfrentamento agora. Semana que vem, teremos a reforma trabalhista já entrando em vigor”.

O Sindicato também tem realizado audiências públicas nas câmaras de vereadores das cidades que compõem sua base. Nesta terça-feira, às 19h, haverá audiência na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e é importante a participação dos bancários.

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