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Em 2017 a luta continua na Caixa

Linha fina
Já na segunda semana de janeiro será deflagrado protesto nacional contra arbitrariedades da direção e tentativas de desmonte pretendidas pelo governo Temer; mobilização dos trabalhadores é fundamental
Imagem Destaque
Redação Spbancários
27/12/2016


São Paulo – Mais uma vez os bancários protestarão contra as arbitrariedades impostas pela direção da Caixa em relação às condições de trabalho e as tentativas de desmonte do banco público empreendidas pelo governo Temer. Será em 12 de janeiro, um Dia Nacional de Luta, quando a instituição pública completa 156 anos de existência. A data foi definida em reunião da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), realizada em 20 de dezembro.

“Reforçamos a importância de ampliarmos a campanha em defesa dos bancos públicos e da Caixa 100% pública. A avaliação é que essa é a grande luta da categoria, e o envolvimento da população será fundamental para o sucesso da mobilização”, relata Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa. Para isso, serão organizados abaixo-assinados junto à sociedade, em todo o país, que serão levados à direção e ao presidente do banco e às autoridades.

A comissão discutiu propostas de mobilização e vai estimular os sindicatos na realização de plenárias para debater com os empregados a postura da Caixa nos temas tratados nos Grupos de Trabalho (GTs) que discutem os descomissionamentos e o Caixa Minuto.

Descomissionamentos – A CEE/Caixa avaliou que o combate contra os descomissionamentos deve ter prioridade. No GT, a Caixa insiste em impor de forma arbitrária a versão 33 do RH 184. “As propostas apresentadas pelos representantes dos trabalhadores no GT são resultado de amplo debate em todo o país e nos congressos dos empregados, por isso continuaremos a lutar pela implantação dessas demandas, apesar da intransigência da Caixa”, afirma Dionísio Reis.

> Veja o documento com as reivindicações dos empregados 

A Caixa propôs que as indicações para os descomissionamentos devem ser aplicadas em dois momentos, com intervalo de, no mínimo, 60 dias, dentro do período de 730 dias, observada a recorrência dos fatos que levaram ao primeiro apontamento. A base deve avaliar essa proposta.

“Somos contrários à empresa dar a prerrogativa a indivíduos para descomissionar de forma sumária empregados que construíram uma história na Caixa e com suas carreiras ajudaram o banco a crescer”, critica Dionísio. “A direção da Caixa pode avançar muito na sua política de comissionamento e os empregados demonstraram isso com propostas construídas nacionalmente nesse fim de ano. Mas a proposta do banco no GT representa um pequeno avanço, pois tira a figura do descomissionamento imediato dando 60 dias após a indicação do decesso”, acrescenta o dirigente.

Caixa minuto – Em relação ao GT que discute o Caixa Minuto, foi ressaltado que os debates terminaram sem qualquer apresentação de proposta, com a Caixa negando-se a rever uma política que restitua a dignidade da função de caixa. A CEE Caixa reforçou que o Caixa Minuto ameaça não só a existência da função, prejudicando o trabalhador, como afeta negativamente a população e a função social desempenhada pela instituição.

Foram abordados, ainda, a continuidade da reestruturação das áreas, agências deficitárias, agências digitais e rede de operações.

“As ameaças são muitas e somente a mobilização dos empregados poderá constituir uma resistência contra esses ataques. No dia 12 de janeiro teremos a oportunidade de mais uma vez nos levantarmos contra as arbitrariedades da direção e deixarmos claro que não vamos aceitar qualquer tentativa que atente contra o caráter social e 100% público da Caixa, por isso a participação de todos nesse protesto nacional será fundamental”, reforça Dionísio.
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