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Bancários do Santander manifestam apoio à paralisação 

Linha fina
Durante e até mesmo depois do protesto nacional contra a implantação, pelo banco, de pontos da reforma trabalhista, o Sindicato recebeu centenas de mensagens de funcionários em solidariedade à mobilização
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Foto: Seeb-SP

São Paulo – Durante e após a paralisação nacional dos trabalhadores do Santander contra a implantação, pelo banco, de pontos da reforma trabalhista, o Sindicato recebeu centenas de mensagens e depoimentos de bancários em apoio ao protesto. Algumas serão reproduzidas a seguir e os nomes dos trabalhadores não serão divulgados a fim de evitar retaliações.  

“Além de ganhar com a reforma trabalhista, o banco impôs a compensação de horas e mudou as datas dos salários. O Sindicato sempre deve fechar o Vila Santander, o Casa 1 e principalmente a sede, para mexer com os reizinhos.”

“Achei essa paralisação importante, o banco impõe mudanças que impactam nosso dia a dia e temos que aceitar sem discutir opções. O sindicato é nossa voz.”

“Eu achei muito importante e surpreendeu o banco. Vamos ver se abrem negociação, senão tem que fazer outras ações.”

“Muito legal e surpresa pela paralização de hoje no Santander. Parabéns a todos do Sindicato. Muitas perdas para nós bancários, e mais e mais demissões. Parabéns novamente. Sindicato sempre atuando. Show!”

“Ter um emprego é algo de muito valor nos dias de hoje. Entender isso e se dedicar ao trabalho é um dever de todos nós. Agora ter um grupo forte nos apoiando, trazendo força e mostrando que não estamos sós é para poucos.”

“Eu achei ótimo. As nossas perdas são muitas. Na minha área praticamente só ficou eu.  O Sindicato é a nossa força nessa luta.”

“Apoio totalmente. Estão demitindo pessoas apesar do crescente lucro. Não respeitam nem a família no Natal, imagine o impacto na família destes demitidos.”

“Também não concordo com a compensação de horas em até seis meses, pois vão nos obrigar a pegar em descanso horas que atualmente recebemos como extra, e compõem nosso salário.”

“Agradeço por nosso sindicato e todos os outros, aos dirigentes de todos os bancos, aos funcionários e advogados para que o Santander recebesse o devido tratamento.”

“Agradecemos todo o apoio recebido pelos bancários do Santander. Nossos direitos e conquistas são assegurados com a participação de todos. O Sindicato reverbera a voz dos trabalhadores e quanto mais unidos e engajados nos mantivermos, mais audível será nossa voz”, afirma a diretora executiva do Sindicato e bancária do Santander Rita Berlofa.

Nota controversa – Após a paralisação, o banco espanhol divulgou nota repudiando a manifestação: “(...) respeitamos opiniões e posições diferentes, todavia, o que pudemos ver nas portas de nossos prédios foi uma ação desrespeitosa, agressiva e que não levou em consideração a opinião de cada um dos funcionários, que foram impedidos fisicamente de entrar por aqueles que deveriam estar defendendo seus interesses (...).”

Sindicato contesta nota do Santander sobre protestos

 “O fato é que os bancários são ameaçados pelo banco e coagidos a não aderir a paralisações como a que ocorreu nesta quarta-feira. E agressiva foi a Polícia Militar, que sem qualquer notificação judicial, desrespeitou de forma truculenta e completamente ilegal o direito legítimo de manifestação dos trabalhadores em defesa dos seus direitos”, afirma Rita.

> Defendendo os interesses do Santander, PM desrespeita mobilização

A nota divulgada pelo Santander ainda ressaltou a festa promovida pelo banco no começo do mês: “Em reconhecimento ao trabalho realizado, celebramos com TODOS os funcionários, em um evento que temos certeza que será lembrado para sempre.”

O texto também foi alvo de críticas dos bancários. “Não gostei da nota do banco, pois foi com ‘raiva’ no texto. Não tem nada a ver misturar a festa com os atos que o banco vem fazendo”, afirmou um trabalhador do Vila Santander.

Em outro trecho da nota, o banco afirma que está “sempre à disposição para debater com os representantes dos trabalhadores todos os temas”.

“Essa afirmação não condiz com a realidade, pois tanto a mudança da data do crédito do salário e do décimo terceiro, como a imposição da mudança na compensação das horas extras e do fracionamento das férias foram implantadas sem qualquer negociação com o Sindicato, assim como o aumento abusivo nas mensalidades e na coparticipação dos planos de saúde”, afirma Rita.

“Nós valorizamos o processo negocial, pois desta forma se prevalece o respeito. O Sindicato entende que uma empresa do porte do Santander deva trilhar este caminho. Os trabalhadores esperam que o discurso do banco se incorpore na prática, através da revogação dessas medidas e abertura de um processo negocial sério”, afirma Rita. 

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