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PCS 2008, conquista da luta!

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Atual formato do Plano de Cargos e Salários, de 2008, que trouxe a promoção por mérito, além da por antiguidade, foi conquistado na greve de 2007; seu método é aperfeiçoado todos os anos em grupo de trabalho da Contraf-CUT
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Arte: Freeimages

São Paulo – O processo que a gestão da Caixa chama de sistemática, conhecido entre os empregados como promoção por mérito, se encerrou na quarta-feira 20. Assim como a promoção por antiguidade, o processo está inserido dentro do Plano de Cargos e Salários (PCS) definido em 2008, uma conquista dos empregados, ao lado do Sindicato, arrancada na greve de 2007. 

Na promoção por mérito, o bancário pode receber 2 deltas, 1 delta ou 0 delta. A cada 1 delta recebido, que é concedido de acordo com critérios como frequência, horas de capacitação, iniciativas de autodesenvolvimento, entre outros, recebe percentual de 2,33% de aumento salarial. Na promoção por antiguidade, o empregado ganha 1 delta a cada dois anos. “Hoje só os critérios objetivos garantem 1 delta para todos empregados" lembra o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

"A construção do PCS - no qual estão inseridas as promoções por mérito, cujo método é discutido em grupo de trabalho da Contraf-CUT e aperfeiçoado todos os anos, e antiguidade - é uma conquista da nossa mobilização, das nossas greves, dos nossos grupos de trabalho, da nossa luta de décadas em favor dos empregados da Caixa. É sempre válido ressaltar que o banco não dá nada de graça. Tudo é conquistado com muita união, dedicação e firmeza nas negociações”, enfatiza o dirigente. “Foi com muita luta que revertemos a retirada de inúmeros direitos dos empregados pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, assegurando isonomia entre os contratados antes e depois de 1998 no PCS”, acrescenta.
 
Dionísio lembra ainda que esse ano a Caixa unilateralmente alterou o RH 176, normativo que trata da sistemática da promoção por mérito, colocando restrição para trabalhadores com duas faltas injustificadas. A CEE/Caixa protestou e o banco admitiu o erro  em promover alterações unilaterais em normativos negociados. Apesar de não voltar atrás, reverteu reflexos na carreira para os trabalhadores que participaram das greves gerais e estavam com a rubrica "falta injustificada" por esse motivo. 

O dirigente ressalta também que, assim como a mobilização e luta reverteram o corte de direitos promovido por FHC e os reflexos na carreira dos empregados que participaram das greves gerais deste ano, a mesma unidade dos bancários, ao lado do Sindicato, será capaz de barrar o processo de desmonte do banco e os ataques aos empregados promovidos pelo governo Temer. 

“Não foram poucos os momentos da história da Caixa nos quais os empregados demonstraram grande unidade e força para lutar por seus direitos, empregos e pelo país, através da defesa da Caixa 100% Pública e da sua função social. O PCS 2008 é um exemplo de conquista que contrariou o desmonte imposto pelos governos neoliberais dos anos 90. Hoje, com o desmonte promovido por Temer, temos que nos  unir mais do que nunca e intensificar cada vez mais a nossa resistência. O PCS 2008, o Saúde Caixa 2004, o novo plano da Funcef 2006, a PLR, do começo dos anos 2000, e a PLR Social, de 2010, são conquistas que vão exigir muita mobilização dos empregados em 2018 para que sejam mantidas. Mais do que ninguém, nós, empregados da Caixa, sabemos que só a luta nos garante”, conclui o diretor do Sindicato. 
 

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