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Contra abusos, Sindicato paralisa agência Especializada PJ do Banco do Brasil

Linha fina
Protesto em unidade no Bom Retiro denunciou desrespeitos de gestora reincidente na prática de assédio moral 
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Foto: Seeb-SP

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região paralisou a agência do Banco do Brasil Especializada PJ no bairro do Bom Retiro, região central de São Paulo, na manhã de quinta-feira 13. O motivo do protesto foi a avalanche de abusos cometidos por uma gestora reincidente na prática de assédio moral.

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Além do assédio moral recorrente contra os subordinados, a gerente da unidade ainda os obrigou a assinarem uma Ordem de Serviço – uma ordem por escrito que deve ser executada – que os obrigam a cumprir metas abusivas, por meio de ligações telefônicas, além das estipuladas pela superintendência. 

“Só que existe uma instrução normativa do próprio banco que impede que a Ordem de Serviço seja utilizada para este fim. A gestora não tem poder para usá-la desta forma. Ela está burlando a instrução normativa do próprio banco com essa imposição”, denuncia o dirigente sindical e bancário do Banco do Brasil Diego Pereira.

Por conta da impossibilidade das metas abusivas estipuladas, os bancários não conseguiram cumpri-las. Diante disso, a gestora abriu Pedido de Informação, nome dado ao estágio inicial de um inquérito administrativo. 

Mas esse Pedido de Informação também foi feito de forma irregular. “Quem abre Pedido de Informação são os setores responsáveis do banco, mas a gestora fez esse pedido por e-mail, sem número de inquérito administrativo. Ou seja, ela está inventando procedimentos para tentar pressionar, assediar. É uma adulteração completa dos procedimentos”, afirma Diego.  

“A superintendência deve tomar atitudes contra medidas irregulares, como a Ordem de Serviço ou o Pedido de Informação, que ferem as instruções normativas e o código de ética da empresa”, cobra o dirigente.

Assédio moral, intransigência a autoritarismo

Funcionários denunciaram uma prática que revelou a intransigência e o autoritarismo da gestora: desrespeitando o código de ética e conduta da empresa, ela chegou a remover a senha pessoal de alguns bancários, visando forçar esses trabalhadores a fazerem visitas externas, mesmo eles atendendo clientes pessoalmente na agência.

A gestora em questão é reincidente na prática de assédio moral. No passado, o Sindicato deflagrou protesto na agência Aclimação e promoveu Portal do Inferno na unidade Cidade Universitária, locais onde suas práticas também foram motivos de denúncias dos bancários. 

No final da manhã de quinta-feira 13, representantes da Gepes compareceram à agência, durante o protesto, para dialogar com os representantes dos trabalhadores, mas apenas justificaram que a denúncia feita na ouvidoria interna ainda está dentro do prazo de 120 dias para resposta do banco. 

“Entretanto, ainda aguardamos resposta para a denúncia de assédio moral feita no canal do Sindicato. Vamos continuar promovendo atividades e denunciando as práticas abusivas dessa gestora até que ela seja reposicionada. E esperamos que o banco apresente justificativa a respeito da ordem de serviço e da abertura do Pedido de Informação”, finaliza Diego.

Em São Paulo, Osasco e região, os trabalhadores do Banco do Brasil que se sentirem assediados ou constrangidos por práticas corporativas podem apresentar denúncias acessando o Assuma o Controle, pelo (11) 3188-5200 ou WhatsApp (11) 97593-7749. O sigilo do denunciante é garantido!

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