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Chapéu
Bradesco

Obrigatoriedade do uso da gravata constrange trabalhadores do Jurídico da Cidade de Deus

Linha fina
Diretor desconsidera recomendação e obriga todos os advogados a utilizarem o acessório, o que acaba intimidando os demais funcionários do departamento; medida arbitrária vai contra propaganda do próprio banco
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Funcionários do Jurídico do Bradesco, sediado na Cidade de Deus, procuraram o Sindicato para relatar a contradição imposta pelo diretor do departamento quanto à obrigatoriedade do uso permanente da gravata. A medida arbitrária, exercida contra todos os advogados, tem constrangido os outros funcionários do departamento e vai contra o que o próprio Bradesco recomenda e propagandeia. Em um gif com a hastag #AliadosPeloRespeito, enviado para os funcionários, o banco diz que o uso da gravata é facultativo de segunda a sexta-feira e que a utilização do acessório fica restrita a ocasiões específicas.

“Os relatos sobre a obrigatoriedade da gravata para funcionários do Jurídico são similares aos do uso da barba, que o banco nega haver restrições. Estar sem gravata e/ou de barba não interfere na responsabilidade dos bancários com o trabalho. Os trabalhadores devem ter sua personalidade e liberdade de expressão devidamente respeitadas”, ressalta o dirigente sindical e bancário do Bradesco Rubens Bastos. 

O dirigente lembra que a flexibilização adotada pelo banco, com a utilização de roupas mais informais por parte de seus funcionários, foi recentemente destacada pela imprensa em reportagens do jornal Folha de S.Paulo e das revistas Época Negócios e Istoé Dinheiro, esta última em um perfil de Octavio De Lazari Júnior, diretor-presidente do Bradesco. E acrescenta que no meio jurídico “muitos operadores do Direito vêm abrindo mão do uso da gravata, inclusive alguns juízes”.

O Sindicato conversou com o RH do Bradesco e exigiu apuração das denúncias. O banco informou que a exigência da gravata acontece apenas no sentido de “se reportar às autoridades”. O Sindicato vai acompanhar o caso para garantir que funcionários do departamento Jurídico não sejam mais coagidos pelos gestor.

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