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Proteger bancos públicos é proteger o Brasil

Linha fina
Aniversário da Caixa nesta quinta-feira é dia de luta contra corte de empregos e desmonte da instituição federal
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Cláudia Motta, Spbancarios
11/1/2017


São Paulo – São tantas as “coincidências” que deixam claro o projeto de desmonte dos bancos públicos pelo governo Temer: planos de demissão voluntária, fechamento de agências, ampliação da participação das instituições estrangeiras no Sistema Financeiro Nacional para supostamente aumentar a oferta de crédito e baixar os juros.

Se cerca de 10 mil já deixaram o BB, agora é a vez da Caixa. Na quarta-feira 4, a imprensa divulgou que a direção da instituição federal concluiu sua proposta para o programa de demissão voluntária. Deverá ser aberto aos empregados no final deste mês, com adesão até o começo de fevereiro.

“Temos de reagir”, convoca o dirigente sindical e empregado da Caixa Renato Perez. “E quinta-feira 12, aniversário da Caixa, é uma excelente oportunidade para isso. Mais uma vez protestaremos contra essa e outras arbitrariedades impostas pela direção do banco em relação às condições de trabalho e às tentativas de desmonte da instituição pública empreendidas pelo governo Temer.”

O dirigente reforça o papel fundamental da Caixa na manutenção de políticas sociais e critica a redução do quadro de funcionários que prejudicará não só os empregados do banco, como também a população.

> Caixa e BB são eficientes e suficientes 
> É preciso reagir ao desmonte dos bancos públicos

“O atual governo pretende impor aos trabalhadores da Caixa e à sociedade um ajuste fiscal por meio da retirada de direitos e do desmonte do Estado, reduzindo políticas públicas”, afirma. “Um plano de demissão voluntária sem a previsão de novas contratações é só mais um passo nesse sentido. Somente a mobilização da sociedade e, principalmente, dos empregados pode barrar o sucateamento da Caixa e a piora das condições de trabalho”, critica.

“O caminho da retomada do crescimento passa pelo aumento de políticas públicas e do papel do Estado na economia, e a Caixa, assim como o BB, deveria ter um papel central”, ressalta o dirigente.

Eleição do CA é central na defesa do banco – Todas as decisões sobre o banco passam pelo Conselho de Administração da Caixa. Entre outras funções, o representante eleito tem o papel de aprovar a gestão e o plano estratégico do banco e fiscalizar a execução da política geral de negócios e serviços.

Assim, além de participar das mobilizações promovidas pelo Sindicato, votar em candidatos comprometidos com os trabalhadores e a defesa da Caixa 100% pública é mais uma forma se contrapor ao desmonte do banco. E esse é um dos compromissos da Chapa 1, que tem apoio do Sindicato e da Apcef-SP.

O segundo turno da eleição do CA será realizado entre 16 e 20 de janeiro, mais uma vez por meio do sistema eletrônico SISRH 4.1 no Rede Caixa.

Em São Paulo, a Chapa 1 obteve no primeiro turno mais que o dobro de votos da chapa 25 (2.474 contra 1.180). Ambas disputarão o segundo turno.

> Chapa 1 ganha em SP defendendo Caixa pública

“As chapas defendem propostas muito diferentes e esse resultado expressivo em São Paulo mostra que os empregados se reconhecem na luta em defesa do banco 100% público e em defesa dos direitos dos trabalhadores, bandeiras da Chapa 1”, afirma Dionísio Reis, dirigente do Sindicato e empregado da Caixa.

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