Por meio da Consulta Nacional, que pode ser respondida neste link, os bancários têm a oportunidade de indicar quais são as prioridades da categoria para a Campanha Nacional dos Bancários 2024, que já começou.
Os participantes poderão indicar, em uma das perguntas, se deve ser responsabilidade de todos os bancários ou apenas dos sócios financiar a negociação sindical que garante direitos para toda a categoria bancária, como o descanso aos sábados, a PLR, abonos, auxílio creche/babá, VA/VR, 13ª cesta, plano de saúde. Além de reajustes de salários com aumento real há mais de uma década.
Antes de responder, é importante contextualizar que o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a CUT sempre foram contra o imposto sindical, criado nos anos 40 e abolido na reforma trabalhista de 2017.
Este Sindicato sempre defendeu que o financiamento da negociação sindical (contribuição negocial) deve ser debatido e aprovado em assembleia com os trabalhadores – a instância máxima de deliberação de uma categoria organizada.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo defende ainda que seu sustento deve vir também por meio das mensalidades dos associados.
Além disto, também é importante destacar que os sindicatos são os responsáveis por negociar, junto aos bancos, a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho bancária e os acordos coletivos de trabalho específicos de bancos.
Os direitos destes instrumentos são válidos para todos os bancários, associados ou não.
Estas negociações, assim como a manutenção da estrutura das entidades sindicais, têm um custo que envolve desde técnicos e estudos do Dieese, passando pela comunicação responsável por informar sobre as negociações e outras questões relevantes para a categoria; secretaria de Saúde; departamento de Assuntos Jurídicos; até a estrutura voltada para atividades, como paralisações e protestos em defesa dos trabalhadores.
Também vale ressaltar que o setor patronal não abre mão de estar organizado em seus sindicatos, como a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), FecomércioSP (Federação do Comércio de São Paulo) e tantos outros.
Para fazer frente a este poder, os trabalhadores também precisam estar organizados em seus sindicatos, participar da sua construção e organização, e contribuir com sua manutenção.
“A razão da existência de um sindicato é a defesa da categoria que representa. Não existe democracia sem sindicato. E não existe ampliação de direitos sem sindicato e sem luta. Por isto, é importante que os trabalhadores estejam próximos das suas entidades representativas e compreendam a importância de contribuir com esta luta que resulta na ampliação de direitos para toda a categoria”, afirma Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
“Estamos mais uma vez em uma nova campanha nacional que irá renovar nossa CCT e acordos coletivos. E é fundamental que os bancários participem e se mobilizem, mais uma vez, em torno da manutenção dos nossos direitos e no avanço de novas conquistas”, acrescenta a dirigente.