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Coronavírus

Resposta reforça insensibilidade do C6 Bank

Linha fina
Em meio à pandemia de covid-19, banco demitiu mais de 60 funcionários sem antes buscar negociar com o Sindicato outra saída que preservasse os empregos; trabalhadores desligados relataram que as demissões foram feitas por telefone, sem qualquer empatia e humanidade
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Foto: Freepik

Diante das demissões de mais de 60 funcionários promovidas pelo C6 Bank em meio à pandemia de covid-19, o Sindicato dos Bancários cobrou da empresa a instauração de um processo de negociação para buscar saídas que pudessem preservar os empregos dos trabalhadores durante a crise causada pelo coronavírus.

Contudo, o banco não deu resposta a esta demanda e se limitou a enviar um e-mail ao Sindicato informando que “Infelizmente as pessoas que foram desligadas no dia 02/04 não serão recontratadas”.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região critica veementemente  a postura de demitir sem buscar negociação em um  momento de pandemia mundial diante da qual muitas empresas – inclusive grandes bancos como Santander, Itaú e o Bradesco – se comprometem a não demitir a fim de evitar agravar a crise sanitária e econômico-financeira  que a humanidade irá enfrentar. Comprometimento este que irá contribuir para não  aprofundar a calamidade pública que todos os atores sociais se articulam para vencer.

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“Infelizmente não podemos colocar o C6 Bank entre os grupos empresarias que estão nesta articulação. Desligar mais de 60 trabalhadores em meio a uma crise dessa magnitude é de uma insensibilidade sem tamanho”, protesta Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato

O banco informou que serão fornecidos aos trabalhadores desligados “extensão de quatro meses do seguro saúde ao titular e dependentes, Quatro meses de apoio psicológico, Campanha de vacinação, além de  Indicação dos profissionais desligados para consultorias de Recrutamento e Seleção e Worshops de técnicas de entrevista, ativação de rede de network e como montar e atualizar seu currículo”.

“Esses itens terão pouca efetividade em um cenário econômico no qual as empresas não irão contratar”, avalia Neiva.

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Falta de empatia e humanidade

Trabalhadores desligados relataram ao Sindicato que as demissões foram feitas por telefone, sem qualquer empatia e humanidade.
Uma das bancárias demitidas conta que recebeu uma mensagem do gestor às 8h30 da manhã perguntando se poderia falar as 9h um assunto importante. A ligação durou poucos minutos, ainda segundo a trabalhadora. 

“‘Por uma decisão do banco estamos te desligando, precisamos do seu e-mail pessoal’”, relata a bancária, que recebeu um e-mail informando que em até 10 dias fariam os procedimentos legais. Contudo, não recebeu nenhum retorno desde então. Ela ainda não sabe os valores que irá receber e permanece com o computador do banco em casa por conta do home office. Também relata que os gestores se mostraram contrariados em liberar os funcionários para home office.

“Só temos a lamentar essa atitude e deixar o alerta para as empresas que demitem. A crise vai passar e as empresas que estiveram ao lado dos trabalhadores e da sociedade e ajudarem a vencê-la serão lembradas com carinho e respeito. As que fizerem o contrário não serão. Demitir quando Sindicato, empresários e governos buscam saídas se mostrará um mau negócio no futuro”, avalia a dirigente, acrescentando que os sindicatos lutam para garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.

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