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Bancários realizam ato na região central pela prevenção às LER/Dort, nesta 4ª

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco, Osasco e Região realiza nesta quarta-feira, dia 27 de fevereiro - véspera do Dia Internacional de Prevenção às Ler/Dort - um ato na região central da cidade pela prevenção às doenças provocadas por esforços repetitivos. Serão distribuídos a partir desta data 20 mil folders com informações sobre a incidência entre os bancários, além de orientações para identificar sintomas da Ler/Dort e de como proceder em caso de adoecimento.

As atividades serão realizadas a partir das 8h em frente ao Unibanco da Rua Boa Vista, ao Unibanco da Praça do Patriarca, ao Complexo São João do Banco do Brasil, na Rua Líbero Badaró e à Nossa Caixa da Rua 15 de novembro. Há ao todo 6.500 mil trabalhadores nesses locais. A Banda do Peru animará os participantes do ato.

"Os bancários estão entre os trabalhadores que mais sofrem com a doença. Vamos incentivar ainda mais a pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados e o cumprimento de jornada de seis horas, como formas de diminuir o ritmo estressante de trabalho que provoca o adoecimento da categoria", disse Walcir Previtale, secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Dia Internacional de Prevenção às Ler/Dort  - O dia 28 de fevereiro é, no mundo todo, data para lembrar do sofrimento de trabalhadores vitimas das doenças ocupacionais. É o Dia Internacional de Prevenção às Ler/Dort tem muito a ver com os bancários, pois, quando o assunto é adoecer trabalhadores, os bancos são grandes campeões.

Estudo divulgado em 2007 pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) mostra que as instituições financeiras afastam muitos trabalhadores, o fazem com grande gravidade e que isso custa muito para as contas públicas. A alta gravidade dos afastamentos nos bancos pode ser comprovada pela quantidade média de dias de licença: 442, contra uma média nacional de 269 dias. Esses afastamentos também geram um custo para o país de R$ 65 por dia, em média, contra R$ 37 do total nacional.

Risco máximo - Dados como estes resultaram no aumento do pagamento da alíquota dos bancos ao INSS. O trabalho nas instituições financeiras foi enquadrado na categoria "risco máximo", com a contribuição sobre a folha de pagamento saltando de 1% para 3%. Essa lei foi regulamentada por decreto em fevereiro de 2007, mas os bancos têm conseguido fazer lobby para protelar o início do pagamento. O último adiamento jogou a cobrança para janeiro de 2009.

Outros exemplos de setores da economia que pagam os 3% e, portanto, oferecem o mesmo grau de risco que os bancos, são construção civil, produção de materiais em aço, transporte aéreo de passageiros e atividades relacionadas à rede de esgotos.
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